Facebook e outras redes sociais passam por investigação

Elas são acusadas de facilitar anúncios de tráfico humano e o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos impróprios

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A verdade por trás do Facebook e outras redes sociais parece estar vindo à tona. Em outubro, a CNN teve acesso a documentos internos da empresa de Mark Zuckerberg que revelavam que a empresa sabia que traficantes de pessoas usavam suas plataformas para falsos anúncios de emprego. Isso acontecia desde, pelo menos, 2018.

O caso foi tão sério que, em 2019, a Apple ameaçou retirar da App Store o acesso ao Facebook e ao Instagram (que também faz parte do grupo). Isso causaria um grande prejuízo aos negócios. Foram tomadas atitudes para retirar estes conteúdos do ar, mas problemas ainda persistem.

Um relatório distribuído internamente em janeiro de 2020 concluiu que traficantes de “agências de recrutamento” de mão de obra usavam “perfis no Facebook, Instagram, páginas, Messenger e WhatsApp para trocar a documentação das vítimas e promovê-las para venda”, disse o documento sobre um caso de tráfico que a empresa identificou.

Além disso, não tem muito tempo que uma ex-engenheira de dados da rede social, Frances Haugen, denunciou a empresa por priorizar o lucro no lugar da segurança dos usuários. Ela também revelou uma pesquisa interna da companhia que constatou que o Instagram é tóxico para adolescentes.

Interrogatório a outras empresas

No último dia 26 de outubro, representantes do TikTok, Snapchat e YouTube foram interrogados pelo Senado dos Estados Unidos, acusados de prejudicar a saúde mental e física de crianças. Ademais, senadores citaram a influência das plataformas no desenvolvimento de distúrbios alimentares, exposição a conteúdos sexualmente explícitos e material que promovem drogas e bullying.

Além disso, questionaram sobre artifícios para manter a atenção das crianças e adolescentes para fazê-los passar mais tempo nos aplicativos, estimulando assim o “vício” nas redes sociais. A comissão é a mesma que tem investigado as denúncias contra o Facebook.

“As redes sociais podem oferecer oportunidades de entretenimento e educação. Mas esses aplicativos também foram usados indevidamente para se aproveitar de crianças e promover atos destrutivos. Como bullying, transtornos alimentares (…) e abuso de menores”, concluiu a comissão.

Os valores do mundo

Não é à toa que a Bíblia alerta em 1 Timóteo 6:10 que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Por ele, qualquer pessoa ou empresa está sujeita a fazer de tudo a fim de ter mais lucro e sucesso. Ao ponto de não se importar com outras vidas.

“O apego aos bens materiais e a cobiça insaciável para ter sempre mais tornou o dinheiro um ídolo para algumas pessoas. Por ele, muitos são capazes de trair, se corromper, matar ou morrer. O dinheiro é um péssimo senhor e muitos têm se tornado seus escravos”, diz o Bispo Edir Macedo.

Além disso, quando o assunto tem a ver com crianças e adolescentes, é dever dos pais ficar atentos e estipular limites para o uso de qualquer entretenimento.

“Exatamente por termos ao nosso alcance uma ferramenta tão poderosa, precisamos nos educar a usá-la e assim termos um ganho positivo. O uso das redes sociais pode passar do normal para o vício em apenas um passo. Portanto, eleja bem suas prioridades e não correrá o risco de se perder nas propostas ilusórias oferecidas por aí”, fala a escritora Núbia Siqueira.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: iStock