“Livres para Jogar” leva esperança a familiares de detentos
Para lançar oficialmente o projeto, UNP realizou campeonatos amistosos de futebol
Fazer do esporte uma ferramenta de transformação de vida e inserção social. Com este objetivo, o projeto “Livres para Jogar” , do grupo Universal nos Presídios (UNP), leva oportunidade, assistência e esperança a familiares de detentos no Rio Grande do Sul. Em breve, a ação será estendida para dentro das unidades prisionais.
Para lançar oficialmente o projeto, no início de setembro, o grupo realizou, nas cidades de Santa Maria, São Gabriel e Cacequi, simultaneamente, campeonatos amistosos de futebol, com equipes formadas por familiares de detentos.
“Muitas vezes, os filhos dos privados de liberdade sofrem preconceito. Então, surgiu a ideia de lançarmos um projeto voltado para eles. O principal é resgatar esses jovens, mostrar que existe uma oportunidade por meio da prática do esporte. É uma maneira de envolvermos toda a família, que já recebe acompanhamento periódico com visitas em suas casas, assim como os privados de liberdade também recebem assistência espiritual e material dentro dos presídios” , contou o Pastor Venino Aragão de Souza, responsável pelo UNP em Santa Maria.
Na cidade, além do torneio de futebol, houve palestras sobre essa e outras modalidades esportivas, abordando temáticas como regras, disciplina, saúde física e saúde mental. Ademais, voluntários ofereceram prestação de serviços gratuitos, como encaminhamento para vagas de emprego e atendimento ao cidadão no pedido de documentos.
Oportunidade e esperança
O Pastor Charles Almeida de Aguiar, responsável pelo UNP-RS, explica que “a importância desse evento é levar oportunidade e esperança, ao mostrar para os filhos dos privados de liberdade que existem outras alternativas em vez do crime”.
Ele relata ainda que o “Livres para Jogar” promove integração e auxilia os jovens a se lançarem no futebol de base profissional.
Carlos Padilha, de 40 anos, que se encontra em liberdade condicional, esteve no torneio com o filho Carlos, de 20 anos. O jovem sonha se tornar jogador profissional. O pai afirma: “Esse trabalho ajuda a levar fé às pessoas. Esses jovens estão tendo oportunidades que eu não tive no passado”.
O UNP atua em todo o Brasil, além de outros países. Por aqui, somente em 2020, mesmo durante a pandemia, foram atendidas 1,4 milhão de pessoas, entre detentos, familiares e funcionários dos presídios. Para saber mais sobre esse trabalho, acesse facebook.com/UNPBrasil.