Amargura de Raquel
Podemos ver que sua tristeza não tinha nada a ver com a falta de filhos
É triste ver quão amarga Raquel está mesmo gestante de seu segundo filho. Podemos ver que sua tristeza e amargura não tinham nada a ver com a falta de filhos, pois Deus já tinha dado a ela José, que por sinal, era um doce de criança. De onde vem tanta amargura? Por que Raquel nunca está satisfeita?
Porque Raquel não teme a Deus. Simplesmente isso.
Quando não tinha filhos, invejava sua irmã Lia (Gn 30:1), por isso deu a Jacó sua serva Bila para lhe dar filhos em seu lugar (Gn 30:3). Nomeou o filho de Bila ‘Dã’ porque disse “julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz” (Gn 30:6) só que não foi Deus que a ouviu, ela fez isso por pura inveja como diz o versículo anterior. Depois ao ver que o filho de Lia tinha lhe dado mandrágoras, “vendeu” seu marido por uma noite (Gn 30:14,15), pois cria mais nessas coisas do que em Deus.
Até que finalmente vemos Deus falando de Raquel em Gn 30:22, quando diz que Se lembrou dela, a ouviu, e abriu a sua madre. Depois disso voltamos ladeira abaixo com Raquel.
Raquel furtou os ídolos do pai (Gn 31:19) e na hora que poderia ter se consertado da besteira que fez, devolvendo-os a ele, preferiu escondê-los e guardá-los para si (Gn 31:33-34), ignorando completamente o Deus de seu marido. E como ela não tinha falado nada ao seu marido, foi sem querer amaldiçoada por ele quando Jacó disse a Labão: “Com quem achares os teus deuses, esse não viva” (Gn 31:32).
A vida longe de Deus é assim, nunca se tem o suficiente (Jacó a enriqueceu muito em 20 anos), nunca se conquista o suficiente (Ela roubou os ídolos do pai por isso), nunca se é amado o suficiente (Jacó trabalhou 14 anos por ela). E assim muitos vão morrendo cedo… morrendo de amargura.