“Diz amém que o ouro vem”

O brasileiro Italo Ferreira, medalha de ouro no surfe na Olimpíada 2021, agradece na Universal a Deus pela conquista e sempre O põe em primeiro lugar em suas realizações

Imagem de capa - “Diz amém que o ouro vem”

Italo Ferreira, um potiguar de Baía Formosa, de 27 anos, fez história no surfe mundial na Olimpíada de 2021, em Tóquio, no Japão, e recebeu a primeira medalha de ouro brasileira desta edição dos Jogos no dia 27 de julho, quando ainda era madrugada no Brasil. Antes de qualquer coisa, ele agradeceu publicamente a Deus e, ao chegar ao Brasil, fez questão de ir com a mãe à Universal de sua cidade – ela é membro da Igreja.

Muitos brasileiros que não acompanham o surfe e nunca tinham ouvido falar de Italo agora o conhecem não só como surfista olímpico, mas também como “o rapaz que agradece a Deus”, pois o jovem realmente sempre fala do Altíssimo pessoalmente ou em suas redes sociais. Portanto foi natural para ele dizer publicamente que o ouro em Tóquio foi conquistado graças ao Criador. Sua foto, carregado por membros de sua equipe, apontando para o alto, viralizou e já se tornou icônica – inclusive por ser a primeira medalha de ouro olímpica de surfe da história, pois o esporte estreou nesta edição dos Jogos.

O atleta brasileiro chegou a 15,14 pontos, contra 6,60 do seu adversário, o japonês Kanoa Igarashi. Em uma entrevista depois da conquista, ele declarou: “eu vim com uma frase para o Japão: ‘diz amém que o ouro vem’”. Ele disse também que orou todos os dias às 3h da madrugada e agradece a Deus por fazer o que ama.

Italo já tinha conquistado o título de campeão mundial de surfe em 2019. Na época, ao chegar ao Brasil, ser homenageado com uma parada e levado em um caminhão dos bombeiros, ele desceu do veículo ao passar em frente a uma Universal e fez questão de entrar na Igreja e agradecer a Deus no Altar.

Tampa de isopor
Agora que Italo se tornou mais conhecido, sua história tem cativado mais e mais pessoas ao redor do mundo. Filho de um pescador e de uma ex-dona de pousada em Baía Formosa, ele começou a encarar as ondas usando a tampa de uma caixa de isopor que seu pai usava para guardar peixes. Ele foi incentivado pela família, que se esforçou muito para que ele praticasse o esporte e participasse de torneios. Ele nunca mudou seu tratamento de respeito e carinho com os parentes e amigos, mesmo depois de conquistar vários títulos.

No Circuito Mundial de Surfe em 2015, ele chamou a atenção por seu estilo e conquistou o prêmio de estreante do ano. Nas campanhas seguintes, ele enfrentou dificuldades, chegou a se machucar algumas vezes e teve o passaporte roubado. Contudo, em 2019, se tornou o grande campeão mundial no Havaí, terra natal do surfe.

Na decisão da medalha nos Jogos de Tóquio, Italo superou o japonês Kanoa Igarashi, apesar de sua prancha ter se quebrado na primeira onda. Ela foi substituída e ele logo protagonizaria a histórica foto apontando para o alto e para o Altíssimo.

Primeiro lugar a Deus
Italo se diferencia do padrão dos atletas de seu esporte, pois é luz em um meio que não tem boa fama para muita gente – o que pode mudar agora que o jovem mostrou que a firmeza da fé o mantém em qualquer lugar.

Sua mãe, Katiana Ferreira, de 52 anos, é membro da Universal há 17 anos e faz parte do grupo de Evangelização (EVG). Sempre que pode, o filho a acompanha às reuniões. Ao voltar à sua cidade, ele foi com ela novamente agradecer a Deus no Altar. “Eu não queria dinheiro, não queria fama, eu só queria estar no lugar mais alto do pódio para exaltar a Deus e para as pessoas verem que o Deus que eu acredito é o Deus do impossível”, disse Italo, em entrevista exclusiva à Universal. Katiana também fez questão de falar da confiança em Deus: “eu participei de várias campanhas, o propósito era para Deus abençoar, abrir as portas e está aí mais uma conquista”, afirmou.

A fé inabalável de Italo se sobrepõe até mesmo às conquistas mundiais e os resultados são vistos por todo mundo. Apesar de pranchas quebradas, ferimentos, roubo de documentos e do atraso de um voo que o fez chegar no meio de uma competição no Havaí – que ele ganhou com uma prancha emprestada –, Italo nunca se abalou. Ele sempre se recuperou e chegou longe, mas deixa bem claro que o primeiro lugar de sua vida é de Deus.

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Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: Cedida e reprodução