“Eu não praticava o que pregava na Igreja”

Quando era professor de teologia e pastor, Márcio Rezende mostrava aos seus alunos vídeos em que criticava a Fogueira Santa. Até que um dia ele conheceu o verdadeiro sacrifício e teve a vida transformada

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Márcio Rezende, de 45 anos, de Itaquaquecetuba, São Paulo, é dentista, mas já foi pastor de uma denominação evangélica e professor em uma faculdade de teologia. “Eu pregava e dava aulas nas quais falava mal da Universal. Cheguei até a dizer que o Bispo Edir Macedo era o anticristo. Ao ver a construção do Templo de Salomão, eu dizia: ‘aquilo vai ruir e cair, pois é uma maldição’.”

Tamanha aversão à Universal era, em parte, fruto de uma falsa entrega a Deus. “Eu não conseguia devolver o dízimo, pois não era fiel nem tinha fé para isso, e também não dava oferta. Eu, no máximo, comprava algo para a igreja muito de vez em quando. Além disso, tinha maus olhos e na rua, ao ver uma mulher atraente, sentia desejo de trair minha esposa. Enfim, eu não praticava o que pregava na igreja e ensinava no seminário teológico.”

Apesar disso, Márcio se considerava “um grande pregador, cheio do Espírito Santo” e afirmava isso a todos. No entanto ele dava outros maus exemplos, como relata: ”no trânsito, eu era nervoso e cometia infrações ou dava mau testemunho em casa com a minha esposa. No Altar, eu até falava em línguas, mas, quando estava sozinho, só Deus sabia quem eu era de fato”.

“Isso não é fé”
A esposa de Márcio, Regiane Rezende, de 42 anos, lembra daquela época: “o que ele me deixava ver era só a pontinha de um iceberg. Eu observei que ele tremia muito e não conseguia dormir”. Foi naquele período que Regiane começou a ser evangelizada por uma obreira da Universal. Ela lembra como Márcio reagiu quando soube de sua decisão: “havia muita resistência da parte dele, que era motivada por causa das fake news (notícias falsas) que ouvíamos, mas eu pensava: ‘como falar mal de um lugar no qual você nunca pôs os pés e nunca viu de perto?’ Então, eu dizia para que ele deixasse de falar mal do Bispo Macedo e o respeitasse”.

Apesar disso, Márcio mostrava aos alunos alguns vídeos com testemunhos de Fogueira Santa e a criticava. “Eu dizia: ‘isso não é fé. Eles estão tomando o dinheiro do povo’.” Logo, o então pregador passou a entender que o espírito que estava nele não era de Deus. “Percebi isso quando comecei a subir ao Altar sem ter nem sequer uma mensagem para os fiéis. Eu pesquisava na internet qualquer coisa e usava na pregação. Eu expulsava demônios e via bênçãos acontecendo com as pessoas, mas não comigo”, revela.

Márcio diz que a vida da família era muito sofrida, inclusive na área financeira. “Eu já era cirurgião-dentista, mas praticamente vendia o pão para comprar o ovo, como dizem por aí. As coisas faltavam em casa.” Até que Regiane o convidou para que fossem juntos ao Templo de Salomão. “Para convencê-lo, eu lhe disse: ‘nós vamos, mas não ficaremos lá. Só vamos conhecer’.”

O Recomeço
Márcio e Regiane foram ao Templo de Salomão e o que seria apenas uma visita se tornou um marco. “A reverência chamou nossa atenção. Vimos que era realmente um lugar apropriado para quem quer Deus em sua vida”, disse Regiane. Já Márcio conta que na ocasião teve alguns conflitos internos: “o bispo ministrava a reunião e comecei a chorar. Ele disse que a fé não tinha sentimentos. Só então percebi que a fé que eu professava era sentimental e não real”. Quando chegou em casa, Márcio comunicou sua decisão à esposa: “falei para ela que começaríamos do zero a partir daquele dia”.

A transformação
Cerca de três meses depois, Márcio e Regiane voltaram ao Templo de Salomão e o Bispo Macedo estava conduzindo a reunião. “Com a pregação dele, entendi que precisava ter o Espírito Santo, ouvi de fato a Voz de Deus e se quebrou em mim tudo o que eu tinha aprendido antes. Então, O recebi e minha mente já era outra. Não houve emoção, mas certeza.”

Passados alguns dias, começou a campanha de Fogueira Santa. Márcio já entendia que precisava sacrificar toda a sua vida no Altar.

“Estávamos quebrando financeiramente, mas eu disse que colocaria tudo o que entrasse naquele período no consultório no Altar. Também peguei minhas credenciais de pastor e a de teólogo e as incluí no envelope do sacrifício. Zerei tudo da antiga vida e desci outro do Altar”.

Desde então, Márcio e sua esposa obtiveram bênçãos em todas as áreas. Ele credita essa mudança à Fé: “o sacrifício muda principalmente o interior, mas também alcança o exterior”. O consultório, no qual ele trabalha com a esposa e que estava quebrando, agora é uma clínica bem estruturada, com uma boa equipe e uma carteira de clientes que cresceu muito. “Trabalhamos muito mais felizes porque temos o Espírito de Deus. Nosso patrimônio, há dois anos, ficou cinco vezes maior. Não temos só uma casa muito boa para morar, mas um lar feliz e com paz, pois nós e nossos dois filhos professamos a fé verdadeira” , finaliza.

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Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: Demetrio Koch