Obesidade na adolescência causa doenças na vida adulta
Mesmo emagrecendo posteriormente, adolescentes obesos carregam problemas de saúde
Adultos, independentemente do peso, têm mais chances de sofrer problemas de saúde se foram obesos na adolescência. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos).
De acordo com os pesquisadores, o Índice de Massa Corporal (IMC) – principal ferramenta para diagnosticar problemas de peso – na adolescência é determinante para a saúde durante mais de 20 anos.
Os cientistas descobriram que, mesmo quando os adultos se adequam ao peso ideal para seu corpo na vida adulta, o sobrepeso da adolescência ainda se mantém como um fator de risco para diversas doenças.
“O IMC do adolescente é um fator de risco para resultados ruins de saúde na idade adulta, independentemente do IMC adulto”, afirma o autor do artigo e pesquisador pediátrico Jason Nagata. “Os profissionais de saúde devem considerar o histórico de IMC ao avaliar o risco de doenças cardiovasculares e crônicas”.
Entre as doenças crônicas agravadas pelo IMC na adolescência está a diabetes tipo 2. O risco na vida adulta de quem foi obeso é maior 8,8% do que na vida adulta de quem não foi.
Já a incidência de problemas cardíacos aumenta 0,8%.
Em geral, o risco de sofrer com problemas de saúde é 2,6% maior em quem viveu com sobrepeso na adolescência.
Para chegar a essas conclusões, a equipe de Nagata estudou 12.300 pessoas durante mais de 20 anos. Todos os participantes do estudo iniciaram a participação com idade entre 11 e 18 anos.
A pesquisa considerou todos os hábitos e problemas de saúde dos participantes. Dessa maneira, vícios como o tabagismo e o alcoolismo tiveram a devida consideração no resultado.
“Nosso estudo sugere que a adolescência é um período importante para otimizar a saúde e prevenir ataques cardíacos precoces”, relata Nagata. “Os pediatras devem encorajar os adolescentes a desenvolver comportamentos saudáveis, incluindo atividade física e refeições balanceadas”.
Mude de hábitos
O estudo foi publicado pela Universidade da Califórnia justamente em um momento em que cada vez mais adolescentes estão se viciando em telas e adquirindo uma vida sedentária. Além disso, esse também é o momento em que mais crianças e adolescentes adquirem o hábito de comer mal, como produtos multiprocessados e fast foods.
Ambos os hábitos são as principais causas de obesidade. Ou seja: se a sociedade continuar agindo como hoje, o número de adultos doentes se multiplicará sobremaneira nas próximas décadas.
Por isso, é extremamente importante que crianças e adolescentes, desde já, adquiram hábitos saudáveis, uma vez que melhorar o IMC na vida adulta não elimina o risco de diversas doenças.
Em seu blog, o Bispo Renato Cardoso explica que “estudos têm mostrado que 90% do que fazemos diariamente é por força do hábito”.
De acordo com ele, isso é natural no ser humano. “O problema é quando desenvolvemos um mau hábito. Maus hábitos podem destruir sua vida aos poucos, sem você perceber”.
Esse é justamente o caso do sobrepeso na adolescência. Até esse artigo da Universidade da Califórnia, nenhum estudo havia conseguido comprovar a relação entre obesidade na adolescência e problemas de saúde na vida adulta. O que levava as pessoas a verem esse como um problema menor.
“Seus hábitos definem sua vida. Identificar os maus e os trocar por bons hábitos é o melhor investimento que você pode fazer por você mesmo”, ressalta o Bispo Renato Cardoso. “Seja mais esperto do que sua mente preguiçosa. Reorganize seu ambiente de maneira que lhe impossibilite de manter os velhos hábitos, forçando-lhe a fazer coisas novas”.
Nesse caso, adolescentes podem organizar sua agenda de maneira a incluir atividades físicas, por exemplo. Também podem consultar um profissional em Nutrição e para elaborar uma dieta equilibrada, “limpando” a casa de todos os alimentos insalubres e deixando de comprar mais deles.
Para aprender mais sobre como mudar um hábito que está destruindo sua vida, clique aqui e leia o artigo completo do Bispo Renato Cardoso.