Por que o Criador pediu para que todo homem do clã de Abraão fosse circuncidado?
Saiba a resposta na coluna Gênesis Responde
Após mudar o nome de Abrão para Abraão, o Criador prometeu uma grande descendência e selou uma aliança única e especial. Como sinal dessa aliança, pediu para que Abraão e todos os homens do acampamento fizessem a circuncisão.
“Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós.” Gênesis 17:10-11
Essa foi a única vez que homens adultos foram circuncidados. A partir daquele momento, a pequena cirurgia era feita em todos os meninos descendentes de Abraão, no oitavo dia de vida. Até hoje existe essa aliança entre o povo judeu, pois se tornou um costume.
Antigamente, muitos povos tinham um sinal no corpo, como uma tatuagem, ou outra marca que os separava dos demais. Na Mesopotâmia, por exemplo, no segundo e primeiro milênios antes de Cristo, era comum estampar a pele com um ferro quente, a fim de marcar a propriedade divina sobe o indivíduo como um fazendeiro marcaria o seu gado.
Escravos eram também marcados do mesmo jeito, às vezes na testa, no pescoço ou nos braços a fim de que todos vissem o sinal. Além do ferro quente, algumas dessas marcas eram feitas com agulhas ou facas. Outra prática comum era marcar os servos do templo com o símbolo da divindade. Uma estrela, por exemplo, representava a deusa Ishtar.
Contudo, é exatamente aqui que encontramos a distinção do sinal que Deus pedira a Abraão. Embora a circuncisão fosse uma marca permanente que diferenciava o povo do Criador dos demais, não era visível para que todos pudessem ver claramente. O símbolo era interno, demonstrando que mais que um sinal na carne, era o comportamento e a fé que os identificariam como servo do Deus Altíssimo.
Além de tudo isso, o sinal era também um lembrete de que o maior prazer do homem não vem de sua carne ou de sua virilidade, mas sim do Alto, de sua parceria com o Senhor.
Hoje, a marca dessa aliança é feita no coração, quando se aceita “cortar” a própria vontade para fazer a de Deus. (Romanos 2:29)