“Se por acaso ele errou e isso for provado, eu lamento como pai, mas ele terá que pagar”, declarou o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à TV Bloomberg, em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

Entenda o caso

Bolsonaro se referia a seu filho, ex-deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, que está sendo investigado após suspeitas de desvios de dinheiro. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apontou movimentações bancárias atípicas do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.

De acordo com o relatório, Flávio teria recebido depósitos bancários em valores que chegam a R$96 mil reais. Além do pagamento de um título de R$1 milhão. Além disso, o Coaf ainda identificou movimentações suspeitas que chegam a mais de R$1 milhão, nas contas bancárias de Queiroz. O que não condiz com sua renda de pouco mais de R$23 mil. Agora, Flávio será investigado pela Receita Federal.

Ademais, o senador ainda tem sido acusado de suposta relação com milícias do Rio de Janeiro. Isso porque Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, mãe e mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, são ex-funcionárias do gabinete de Flávio, quando ainda era deputado estadual.

O Ministério Público do Rio de Janeiro aponta Adriano como um dos líderes do Escritório do Crime. Uma das mais perigosas milícias do estado e principal suspeita do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Adriano está foragido.

Pulso firme

Diante de todas as suspeitas, eleitores têm cobrado um posicionamento do presidente, Jair Bolsonaro. Visto que uma de suas bandeiras mais fortes é o embate severo contra a corrupção. Contudo, Jair mostra-se ainda firme em seus princípios, ditos em campanha e que foram fundamentais para sua eleição e classificou como “ações que não podemos aceitar”.