Somente no 1º semestre de 2023, Universal amparou 5,4 milhões de pessoas necessitadas no Brasil e no exterior

Trabalho com presos gerou 44,7 milhões de reais de economia mensal aos cofres públicos

Imagem de capa - Somente no 1º semestre de 2023, Universal amparou 5,4 milhões de pessoas necessitadas no Brasil e no exterior

A Igreja Universal do Reino de Deus está prestes a celebrar seu 46º aniversário. Desde sua fundação em 1977, a Igreja atua como um agente social em favor da população marginalizada e de segmentos esquecidos pela sociedade. Somente no primeiro semestre de 2023, os 17 programas sociais da Universal beneficiaram 5,4 milhões de pessoas no Brasil e em mais de 118 países.

“Ser cristão não é sobre si mesmo. Uma vez você se convertendo, Deus deixa você nesse mundo para que possa servir a Ele e às outras pessoas”, afirma o responsável pela Universal no Brasil, Bispo Renato Cardoso.

Imbuídos pelo desejo de servir e ajudar o próximo, os 539 mil voluntários dos programas sociais espalhados pelos cinco continentes doaram, no período deste semestre, 4,7 mil toneladas de alimentos — entre cestas básicas e refeições — para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além de peças de roupas, cobertores, kits de higiene e outros donativos.

Uma das iniciativas que atuou incessantemente para ajudar os mais desfavorecidos, foi a Universal nos Presídios (UNP), responsável pelo trabalho com presos, familiares e funcionários do sistema carcerário. O programa social atendeu, nos 40 países onde está presente, 488 mil pessoas.

Economia aos cofres públicos 

De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), 832.295 detentos integram a população prisional brasileira. Além disso, os dados da SENAPPEN apontam que o custo médio individual por preso, mensalmente, é de R$ 1.908,42.

Muito além de ações e doações, a UNP trabalha com o propósito de ajudar na ressocialização dos encarcerados, recuperando casos que pareciam perdidos, auxiliando-os a retornar ao convívio com a sociedade de forma íntegra e honesta.

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a taxa de reincidência no Brasil no primeiro ano é em torno de 21%, progredindo até uma taxa de 38,9%, após 5 anos.

Contudo, 23,4 mil presos brasileiros foram transformados e ressocializados por meio do trabalho da UNP nos últimos cinco anos.

Se estes ex-detentos ressocializados ainda estivessem no sistema carcerário brasileiro, estariam custando, mensalmente, R$ 44,7 milhões de reais aos cofres públicos do país.

Uma chance para recomeçar 

Além da Palavra de Deus — que é o agente principal para a transformação de um ser humano — a UNP busca também levar cursos profissionalizantes aos detentos, a fim de oferecer uma oportunidade de recomeço, um ofício e a reintegração ao mercado de trabalho.

Somente no primeiro semestre, mais de 20 cursos profissionalizantes — a exemplo, de pintor, eletricista predial, panificação, confeiteiro, designer de sobrancelhas, cabeleireiro, alfaiataria — foram ofertados a 3 mil presos no Brasil.

Elair Fernandes realizou o curso de mecânica de motos, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí (SP). Ele ganhou a liberdade antes da formatura, mas no dia da cerimônia, fez questão de retornar ao presídio para receber o diploma.

“Não é bom ficar num presídio, mas pra mim foi maravilhoso. O que eu aprendi aqui… Deus preparou maravilhas na minha vida! A Universal deu esse curso para mim, mas também colocou Deus no meu coração. Eu agradeço essa oportunidade”, relata o ex-detento, que hoje já trabalha com aquilo que aprendeu no curso.

Em prisão perpétua, “mudei com a ajuda de vocês” 

Dentre diversas iniciativas da UNP para ajudar a população carcerária, está o trabalho realizado em nove países — África do Sul, Argentina, Botswana, Colômbia, Estados Unidos, Lesoto, Madagascar, Quênia e Uganda — com 1,5 mil presos condenados à prisão perpétua.

Nas localidades onde estão previstas as prisões perpétuas — em que os sentenciados estão sob custódia do sistema carcerário até o fim de suas vidas — o trabalho do programa social se faz mais que necessário, e traz em si um diferencial: levar alívio, esperança e vida aos que receberam penalidades máximas da Lei.

“Eu, meu filho e minha família temos sido aconselhados pela UNP. Mudei com a ajuda de vocês”, afirma M.G, sentenciada à prisão perpétua no Texas (EUA).

O responsável pelo trabalho da Universal em inglês nos Estados Unidos, Bispo Bira Fonseca, ressalta que o objetivo maior do trabalho da UNP é levar a salvação da alma aos detentos. “Trabalhamos para conscientizar a população carcerária, cada um, individualmente, que o que temos de mais importante é a nossa alma, pois ela é eterna. E que, independentemente dos erros cometidos aqui no mundo, se houver arrependimento, eles receberão a vida eterna com Deus”.

De acordo com o relatório da organização “The Sentencing Project”, uma em cada sete pessoas nas prisões americanas está cumprindo pena de prisão perpétua, ou seja, um total de 203.865 indivíduos.

O que faz alguém voltar para o espaço de confinamento, mesmo livre?  

Sandro (nome fictício) de 27 anos, hoje é um dos voluntários do Universal Socioeducativo (USE), mas um dia já foi um traficante e cumpriu medida socioeducativa em uma unidade no Rio de Janeiro. Já fora da unidade, mas ainda na vida errada, ele foi alcançado pelo projeto Sócio Comunidade, e recebeu acompanhamento para mudar de vida. Inclusive, ele recebeu do programa social a oportunidade de fazer um curso de barbeiro e hoje, movido pelo amor ao próximo, ensina para internos e ex-internos a sua profissão.

O USE é outro programa social da Universal, que também atua na ressocialização de casos considerados perdidos pela sociedade. Este, por sua vez, presta assistência a menores em conflito com a lei, familiares e funcionários de unidades socioeducativas. Em 2023, 76,7 mil pessoas já foram assistidas.

“Hoje eu posso dizer que estou totalmente restituído à sociedade. Tenho minha própria barbearia, não preciso mais traficar ou roubar para ter dinheiro e, graças a Deus, estou casado e realizado”, declara o voluntário.

Por meio do Sandro, o ex-traficante Davi (nome fictício) de 18 anos, também foi ressocializado. Isso porque na época em que Davi cumpria pena de 5 meses no regime de semiliberdade, ele conheceu o trabalho do USE e começou a fazer o curso de barbeiro, em que Sandro era o professor.

Atualmente, o jovem se encontra em liberdade e conta que está trabalhando com reciclagem. “Nas horas vagas, corto alguns cabelos na vizinhança e continuo no curso, recebendo mais conhecimentos”. Mas o principal, segundo ele, é que continua “caminhando na fé, indo frequentemente à Igreja buscar o Espírito Santo”.

No Brasil, mais de 22 mil jovens encontram-se internados em unidades socioeducativas, aponta um levantamento feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ).

Sendo que o custo de um menor infrator aos cofres públicos é entre R$ 2 mil e R$ 7 mil mensais, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea).

Todavia, com o apoio do programa social, 298 jovens já foram recuperados e ressocializados em 2023. Dessa forma, os ex-internos deixam de ser uma preocupação para o Estado e passam a ser cidadãos honestos que contribuem de forma positiva a sociedade.

Valorização da vida e suicídios evitados 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas.

Tendo em vista o aumento no número de pessoas que sofrem com problemas de saúde mental, a Universal dispõe de duas iniciativas que oferecem apoio emocional e acolhimento aos aflitos: o Help FJU (projeto da Força Jovem Universal) e o Depressão Tem Cura (DTC).

Apenas no primeiro semestre de 2023, as ações do DTC prestaram apoio a 340,6 mil pessoas e com isso, evitaram 1.856 suicídios.

A cearense Ananda Alves conta que, logo quando iniciou como voluntária do DTC neste ano, se deparou com uma situação difícil. “A minha tia havia tentado o suicídio. Meus pais a socorreram e a levaram ao hospital, onde a situação foi revertida e ela foi encaminhada a um hospital psiquiátrico. Ali, foi dado o diagnóstico de depressão, bruxismo e, além disso, ela recebeu a orientação de se aposentar, pois não conseguiria mais fazer suas atividades normais”.

“Com muita insistência, conseguimos convencê-la a aceitar ajuda, então ela passou a ser acompanhada e alcançou uma grande mudança no seu interior. Por fim, hoje ela está bem, não precisou se aposentar e conseguiu voltar às suas atividades normais”, comemora Ananda.

Já o projeto Help, por sua vez, distribuiu 754 mil cartas com mensagens positivas em pontes, viadutos, passarelas, estações de trem e metrô, escolas e espaços públicos em geral. O projeto também realizou 1,4 mil palestras sobre saúde mental, e nelas, prestou atendimento a 6,5 mil  pessoas por meio do “Cantinho do Desabafo”.

Uma das pessoas alcançadas pelo trabalho do projeto foi Lorrayne Espindola, de 25 anos. Ela desenvolveu depressão e ansiedade aos 15 anos, em decorrência da separação dos pais. Durante 8 anos ela alimentou dentro de si pensamentos de suicídio, e isso só teve um fim quando conheceu o Help em 2022, por meio de uma voluntária do projeto que fez uma visita em sua casa.

“A Lorrayne era muito nervosa, ciumenta, insegura e agressiva. Tinha complexos com o próprio corpo, mentia muito e tinha vício em bebida. Muitas vezes, quando eu chegava em casa, ela estava chorando em um canto e quando eu perguntava o que estava acontecendo, ela não conseguia se abrir. Quando brigávamos, ela sempre dizia que ia se matar e ameaçava me matar também”, relembra o esposo de Lorrayne, Breno Espindola.

Bruno conta que depois que ela foi alcançada pelo Help, é perceptível que é mais segura de si, mais calma, carinhosa, cuidadosa e respeitosa. Também é sincera e se preocupa em ajudar o próximo. “Ela nunca mais falou em se matar ou ameaçou me matar. É uma pessoa muito mais alegre, não tem mais vícios e também nunca mais vi ela sofrendo com crises de ansiedade, está de fato transformada”, comemora.

Já neste ano, Lorrayne se viu em condições de retribuir a ajuda que recebeu, e com isso, assumiu a responsabilidade que um dia foi da voluntária que a amparou, tornando-se responsável pelo trabalho do projeto Help no bairro de Jardim Alterosa, em Betim (MG).

A Igreja Universal está presente em 143 países e contabiliza aproximadamente 12,5 mil templos espalhados pelo mundo. Onde há um templo, há também uma porta aberta para pessoas depressivas, ansiosas, suicidas, em conflitos com a lei, esquecidas pela sociedade e que anseiam por uma mudança de vida.

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Colaborador

UNIcom / Fotos: cedidas