K-POP: Crimes sexuais fazem maiores cantores do gênero se aposentarem

Dois dos principais expoentes do POP sul-coreano estão sendo acusados judicialmente

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Dois dos maiores representantes do K-POP (música POP sul-coreana) acabam de abandonar suas carreiras por envolvimento em crimes sexuais. O primeiro a anunciar a decisão foi Seungri (28), da banda BigBang, cujos integrantes são conhecidos como “reis do K-POP”. Em seguida, Jung Joon-young (30), que além de cantor e dançarino também é ator, fez o mesmo.

No caso de Seungri as acusações são de envolvimento com drogas e abuso sexual na boate em que atua como diretor de relações públicas. Além disso, ele também é acusado de organizar encontros entre prostitutas e empresários. Na Coreia, a prostituição é ilegal. Ele nega as acusações.

Já Jung Joon-young confessou seus crimes. Ele está sendo processado por filmar relações sexuais com, pelo menos, dez mulheres sem o consentimento delas e compartilhar via internet.

“Admito todos os meus crimes”, declarou ele. “Pelo resto da minha vida vou lamentar meus atos imorais e ilegais que constituem crimes.”

Fanatismo pelo bilionário K-POP

K-POPO fanatismo por cantores não é novo. Desde Frank Sinatra, passando por The Beatles, Jovem Guarda, Menudo, RBD e Justin Bieber, chegou-se ao K-POP. Crianças e adolescentes choram e gritam fora de si à simples menção do nome dos ídolos. Acampam aguardando por shows, decoram todas as letras de músicas e copiam visuais e comportamentos. E é aí que mora o perigo.

O K-POP é uma indústria bilionária que ganhou força na Coreia do Sul na segunda metade da década de 1990. Nos anos 2000 conquistou milhões de fãs também no Ocidente e hoje movimenta R$ 5 bilhões por ano, de acordo com a Revista Forbes, especialista em finanças.

O grupo BigBang, de Seungri, lucrou U$ 44 milhões apenas nos primeiros dez anos de carreira.

Quando a arte é admirada tudo vai bem. Mas quando os jovens imitam comportamentos inadequados – ou até criminosos, como os dos casos acima –, a idolatria gera grandes prejuízos.

A influência sobre os jovens

Como publicamos recentemente, em reportagem especial, crianças e adolescentes são como pequenas esponjas. Moldam-se de acordo com o ambiente ao seu redor e o conteúdo que consomem.

Essa também é a opinião do escritor Renato Cardoso.

De acordo com ele, músicas, filmes, livros, revistas e todo tipo de mídia têm o poder de transformar uma pessoa. Por isso é importante que se tome muito cuidado com quem ou o que se torna modelo para a sociedade.

“Se o que você deixa entrar na sua mente for algo bom, então ótimo, excelente. Mas se for ruim ou simplesmente inútil, então aquilo é péssimo para você.”

O que entra na sua mente forma os seus pensamentos. “E os seus pensamentos é o que você usa para tomar as suas decisões. E as suas decisões levam você a tomar atitudes. E as suas atitudes vão se tornando hábitos e trazendo consequências que formam a sua vida. Então, por isso, nós dizemos que você é aquilo que você permite entrar na sua mente”, conclui Renato Cardoso.

E você, o que está permitindo entrar na sua mente?

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Colaborador

Andre Batista / Imagens: Reprodução Facebook @officialseungri