Uma história de sofrimento deu lugar a uma vida plena
Saiba como Paloma Sampaio se livrou de traumas e mágoas do passado e refez sua vida
A recepcionista Paloma Sampaio Pauletto, de 28 anos, tem uma trajetória de vida que mais parece um enredo de filme, mas é daqueles que quem assiste chora e se compadece com a dor do personagem. Mas sua história da vida real, que no início foi marcada por tristezas, tem um final surpreendente e mostra que a Fé sempre nos encaminha para uma solução.
Ela, que é moradora de Bauru (SP), conta que nasceu em Guarulhos (SP) e teve uma infância traumática: foi abandonada pelo pai com apenas 1 ano e, sete meses depois, sua mãe também a deixou. “Acredito que minha mãe me abandonou na esperança de que eu tivesse uma vida melhor, no entanto não foi o que aconteceu. A mulher que me criou me batia muito e, além das agressões, sofri abusos de pessoas da família dela e também de fora. Eu apanhava por qualquer motivo, inclusive quando adoecia. Lembro que uma vez peguei piolho e ela machucou minha cabeça”, diz.
Quando Paloma tinha 8 anos, ela presenciou um atropelamento que vitimou a mulher que a criava. Depois desse fato, ela foi morar com o filho dessa mulher e a esposa dele. “As agressões físicas diminuíram, mas passaram a ser psicológicas. Eles zombavam da minha aparência, diziam que eu seria como a minha mãe, mas eu não entendia, até que, já adulta, descobri que minha mãe era garota de programa”, afirma. Ela explica que na casa em que morava não havia amor e, por isso, tentou suicídio aos 11 anos, mas foi socorrida e levada a um hospital. “Aquele desejo de morrer continuou e, tempos depois, tentei tirar minha vida de novo”, relata.
Mesmo sem ter um convívio prévio com sua mãe, ela se mudou para Bauru aos 14 anos para viver com ela que, segundo conta, servia aos encostos. “Vivíamos um engano. Certo dia, minha mãe descobriu que estava sendo traída pelo meu padrasto e, três anos depois que eu já estava com ela, por causa dessa traição, ela entrou em depressão profunda e faleceu. No atestado de óbito, descobri que ela tinha HIV. Sem ter para onde ir, eu fiquei morando com o meu padrasto e uma irmã, filha dele com a minha mãe. Passados dois meses, eu tive que sair da casa dele depois de uma tentativa de abuso sexual”, lamenta.
Paloma foi acolhida por pessoas desconhecidas, mas que a ajudaram. Ela conheceu seu esposo quando tinha 17 anos e foi morar com ele depois de seis meses de namoro, quando já estava grávida. Ela conta que era explosiva e brigava muito com o companheiro e o agredia. A sogra de Paloma frequentava a Universal e, vendo a situação, a convidou para participar de uma reunião. O ano era 2013. “Eu passei muito mal na igreja, iniciei um processo de libertação, mas demorei muito para me libertar porque eu não conseguia me desfazer dos meus traumas, tinha muitas mágoas e o desejo de suicídio continuava”, diz.
Foi somente em 2020, após uma pregação, que Paloma reconheceu que precisava mudar e decidiu perdoar todos que lhe fizeram mal. “Deus me mostrou que eu tinha muitas feridas e tinha que me libertar delas. Então, fui atrás do meu pai e descobri que ele tinha falecido nove meses antes, o que me deixou transtornada”, relembra.
Mesmo sem a figura dos pais, ela estava decidida a se entregar a Deus. Por isso, Paloma se batizou nas águas e, em uma busca fervorosa, recebeu o Espírito Santo e se sentiu amada como nunca fora antes. “Deus me revelou que nunca me deixou e, desde então, eu passei a me entregar mais a Ele. Ainda tenho lutas, mas hoje eu venço qualquer situação com Deus. Ele é o pai e a mãe que eu não tive” afirma.
O casamento dela também foi abençoado e firmado no Altar em 2021. “Parece que a história do passado de agressões e brigas não é nossa. Hoje somos companheiros e compreensivos um com o outro. Somos uma família feliz de verdade”, conclui.