Em Uganda, 530 pessoas se formam em cursos diversos
Conquista foi possível a partir de programa social, que forneceu ensino gratuito em áreas como arquitetura e carpintaria
No domingo passado (26), a capital de Uganda, Campala, recebeu um evento que marcou as vidas de centenas de cidadãos do país africano. Nesse dia, aconteceu a cerimônia de formatura de 530 pessoas em dez cursos, como arquitetura, carpintaria, contabilidade e docência. O esforço de cada um, é claro, fez toda a diferença; mas o programa Força Jovem Universal (FJU), mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus, é que proporcionou o ensino gratuito e a estrutura necessária.
Depois de uma palestra de abertura, com a finalidade de registrar a importância do momento para cada formando, houve apresentações com danças tradicionais ugandesas. Em seguida, autoridades locais — incluindo policiais e da educação — tomaram a palavra, em clima festivo. Ao fim da celebração, foi feita a entrega dos certificados a cada novo profissional.
Segundo o Gabinete de Estatísticas de Uganda (UBOS), com dados de 2020, 20,3% da população vive na pobreza — um em cada cinco cidadãos. Além disso, segundo o World Bank, 41,3% dos ugandeses vivem sem eletricidade e 71,1% têm acesso limitado a recursos sanitários. Por tudo isso, cada cidadão que aprende um ofício significa, além de uma grande oportunidade pessoal, uma chance para a nação avançar.
Viver para servir
O responsável pela ação social da FJU no país, Ercilio Palange, conta que a iniciativa surgiu a partir de um apelo do próprio governo. “Diante do pedido, profissionais jovens da FJU Uganda se colocaram à disposição e ofereceram cursos gratuitos ao público em geral”, conta Ercilio. O objetivo maior, segundo ele, é servir à comunidade, de acordo com a necessidade do povo ugandês: “Queremos criar oportunidades de emprego e reduzir a pobreza”, explica.
Opio Emmanuel, de 29 anos, foi um dos voluntários que participou da iniciativa da FJU. Ele destaca a satisfação de compartilhar o que sabe e fazer alguma diferença na vida do outro: “É uma alegria inexplicável, especialmente ao ver o impacto que este projeto tem trazido a muitas famílias”, relata o voluntário.
Para Filipe Mukasa, de 42 anos, o impacto do programa é evidente — e veio em boa hora. Filipe era policial, mas queria mesmo contribuir para a sociedade de outra forma: “Sempre tive o sonho de ser carpinteiro. Com esta ação social, meu sonho de 20 anos se tornou realidade. Já estou fechando contratos e obtendo um ganho extra”, compartilha. O carpinteiro deixa claro que, a partir de agora, os sonhos serão ainda maiores: “Com o que aprendi, pretendo abrir meu próprio negócio, ensinar outras pessoas e empregar tantos quantos puder”, conclui.