Afeganistão sofre crise de saúde mental com a posse do Talibã

Mulheres representam mais de três quartos das mortes por suicídio registradas no país

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Desde que o Talibã assumiu Cabul, capital do Afeganistão, em 15 de agosto de 2021, o país enfrenta uma crise expressiva de saúde mental. Apesar da proibição do grupo em relação à divulgação dos dados internos de saúde da população local, dados vazados por profissionais da área revelam que, no período de um ano, o número de suicídios aumentou de forma significativa, e as mulheres representam mais de três quartos das mortes por suicídio registradas.

O suicídio é considerado vergonhoso em países mulçumanos, por isso, os casos recorrentes são subnotificados. Dado o cenário atual do país, jornalistas ainda afirmam que muitos afegãos tiram a própria vida ao falharem na tentativa de ultrapassar fronteiras vizinhas. E, entre as mulheres, a atitude é reflexo da perda de direitos e a falta de esperança que resulta em diferentes doenças emocionais.

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Direitos perdidos entre as mulheres:

Mais de 20 anos depois, a volta do Talibã ao poder resultou em inúmeros impedimentos à população e, também, no cancelamento de direitos conquistados pelas mulheres afegãs, sendo eles:

  • ter acesso ao ensino médio e superior;
  • trabalhar em ONG’s;
  • ocupar cargos públicos e judiciários;
  • frequentar espaços públicos como parques, academias e banheiros;
  • viajar distâncias superiores a 75km sem a companhia de um homem da família;
  • sair de casa sem usar a burca (vestimenta feminina que cobre todo o corpo, rosto e olhos);
  • ter acesso a cuidados básicos e de saúde;
  • ter acesso a apoio psicológico.

Por que isso acontece?

Tal restrição à liberdade, que atinge principalmente as mulheres do país, se dá por meio da interpretação radical e estreita da lei islâmica, que restringe de forma severa os seus direitos. E, devido a isso, as imposições autoritárias têm se tornado em condições nocivas à saúde mental e emocional de muitos afegãos.

Com isso, podemos observar o quanto o extremismo, unido ao ódio e a falta de amor pelo próximo, tem sido a razão de inúmeros conflitos e guerras civis ou entre nações, alinhando a humanidade para o cenário já previsto pelo Senhor Jesus nas Escrituras Sagradas:

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino […]” (Mateus 24.6-7)

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos; Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons; Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus […]” (II Timóteo 3.11-4)

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: ALI KHARA/REUTERS