No ano de 2023, a Igreja Universal do Reino de Deus atuou com 16 programas sociais em 120 países — dos 145 em que está presente. Foram 15,3 milhões de beneficiados, em 594,8 mil ações realizadas por mais de 635 mil voluntários. Tais iniciativas consistem, por exemplo, em: doações de alimentos e roupas, suporte emocional, visitas a abrigos, palestras, cursos e aulas.

Em todo o mundo, somente em 2023, foram 428.907 favorecidos por cursos profissionalizantes e educacionais proporcionados pela Igreja — inclusive, alfabetizantes —, além de treinamentos diversos. Entre 2022 e 2023, o número chegou a cerca de 1,08 milhão. “A educação é um direito fundamental, conforme o artigo 6º da Constituição Federal de 1988. Ao mesmo tempo, fomenta a transformação social”, lembra o Bispo Renato Cardoso, responsável pela Universal no Brasil. “Por isso, sentimos alegria em ver que mais de 1 milhão de pessoas foram beneficiadas”, reflete.

Independência é vida 

Ele destaca a autonomia conquistada por um recém-alfabetizado: “Há uma satisfação enorme em imaginar o prazer de alguém em poder escrever seu nome pela primeira vez, em ler a Bíblia e meditar na Palavra de Deus, sem depender de ninguém”, pondera Bispo Renato. No entanto, recorda que existe trabalho pela frente: “Ainda há muito o que fazer. Segundo o IBGE, atualmente existem quase 10 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever”.

Em média, o investimento público em educação básica no Brasil é bem menor do que a metade dos recursos usados por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o relatório Education at a Glance 2023, em 2020, o governo brasileiro gastou US$ 4.306 (em 5 de fevereiro de 2024, o equivalente a R$ 21.550) por estudante em instituições públicas. A média da OCDE é de US$ 11.560 (ou R$ 57.854) por aluno, do ensino primário ao superior.

Mas, que diferença o estudo faz sobre a renda de alguém? De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens que concluíram o ensino médio têm salários até 7,5% maiores do que aqueles que não o fizeram. O mesmo Ipea registra que um curso técnico confere ao trabalhador uma remuneração até 24,9% superior, em comparação àqueles que não possuem tal ensino. Para algumas pessoas, porém, o prêmio é algo mais simples: ler uma placa na rua ou escrever um bilhete.

 Sempre é hora de aprender 

O programa social Ler e Escrever, por exemplo, atua alfabetizando indivíduos entre 14 e 90 anos em território nacional. Em 2023, a iniciativa ajudou 6.279 brasileiros. Entre 2018 e 2023, já contribuiu para que mais de 26 mil aprendessem a leitura e escrita.

No ano de 2023, uma das beneficiadas foi Esaltina Herculano, de 74 anos. A senhora adianta que foi bem recebida pelas voluntárias: “Com muito carinho”, enfatiza. Ela conta o que mudou em sua vida e deixa sua gratidão para os envolvidos: “Obrigado por me ajudarem a não desistir do meu sonho. Agora, consigo ler meus livros e sou independente. Pego meu ônibus sem dificuldades”, revela.

Neusi Ewald, 63 anos, esteve do outro lado do Ler e Escrever: foi professora voluntária. Ela diz que foi gratificante participar da evolução dos alunos e de seu processo de alfabetização. “Durante o ano, vi homens e mulheres ampliarem seus conhecimentos e se apropriarem gradualmente da leitura e da escrita”, compartilha a professora. “Hoje, conseguem ler de tudo e identificam palavras e frases ao seu redor”, explica. Neusi pede apenas uma coisa de seus alunos: “Nunca desistam de aprender e seguir adiante”.

Além das ações em alfabetização, a Universal também fechou 2023 com a doação de quase 1,26 milhão de livros. Quanto a opções profissionalizantes, houve oportunidades variadas entre os 74 cursos e treinamentos oferecidos no Brasil e no exterior, tais como: Inglês, Espanhol, Mecânica, Manicure, Marcenaria, Cabeleireiro, Padaria e Confeitaria, Sapateiro e Primeiros Socorros.

Universo de ações sociais 

Só a Universal nos Presídios (UNP) possibilitou, ao longo do ano, que mais de 8,6 mil detentos pelo Brasil concluíssem um curso profissionalizante como Mecânica e Gestão de Empresas. No entanto, conforme acontece desde sua fundação, em 1977, as iniciativas da Igreja em 2023 foram além do aspecto educacional e profissionalizante.

É o caso do programa social Anjos da Madrugada, por exemplo, que enfrentou, a cada dia, a realidade brasileira: mais de um a cada mil cidadãos se encontra em situação de rua. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até agosto de 2023, já eram mais de 227 mil pessoas sem um teto, em um país cuja população já ultrapassa 203 milhões.

O programa leva suporte emocional e serviços como banho, cabeleireiro, manicure, assistência jurídica e em saúde — e realiza, ainda, a doação de refeições, kits de higiene, roupas e cobertores. Além do conforto emergencial, os voluntários também abordam e oferecem ajuda a pedintes, catadores de materiais recicláveis e desabrigados. Somente em 2023, o Anjos da Madrugada beneficiou mais de 982 mil dentro e fora do Brasil.

Panorama geral 

A seguir, veja um quadro do que foi feito no ano de 2023, em 120 países, pelos programas sociais da Universal — em apenas dois parágrafos.

Com foco no apoio a idosos, o Calebe alcançou mais de 2,1 milhões de cidadãos da terceira idade pelo mundo; o EVG Libras, que ampara surdos e deficientes auditivos, fez a diferença para 389 pessoas; a Unisocial EVG, de suporte a comunidades carentes pelo mundo, assistiu mais de 2,5 milhões; a Força Jovem Universal (FJU), com ações ligadas à juventude, beneficiou mais de 3,2 milhões, dentro e fora do Brasil; o Guardiões da Estrada, de atuação nacional, amparou cerca de 141,6 mil caminhoneiros; e, além das ações em educação e treinamento já mencionadas, a Universal nos Presídios (UNP) prestou auxílio a um total de 898,6 mil detentos e familiares;

Em 2023, o Grupo da Saúde Universal (GSU), com atuação nacional e internacional de amparo a pacientes e profissionais, ajudou mais de 958 mil; a Unisocial, que auxilia outros projetos da Igreja mundo afora, favoreceu cerca de 1,3 milhão de pessoas; o EVG Night, que acolhe garotas de programa, concedeu suporte a 30,6 mil; a Universal nas Forças Policiais (UFP), de apoio à polícia e agentes públicos da segurança, prestigiou aproximadamente 879 mil; e, finalmente, a Universal Socioeducativo (USE), com foco na ressocialização de menores, amparou mais de 164 mil crianças e adolescentes, dentro e fora do país.

Dignidade e esperança 

No caso específico da recuperação de dependentes químicos, a Universal conseguiu contribuir para a ressocialização de 9.266 pessoas no ano de 2023 — especialmente no Brasil, mas também em outros 50 países. Isto foi possível por meio dos programas Vício tem Cura (VTC), Universal nos Presídios (UNP) e Universal Socioeducativo (USE).

Nilton Patrício, responsável pelo programa social VTC, compreende a situação complexa do viciado, no contexto familiar e da sociedade: “Ele é considerado para a sociedade, em muitos casos, o último, o excluído, o desprezado”. Nilton vê o VTC como uma solução e deixa um convite para quem precisa: “Nós acreditamos em você. Não importa a sua situação. Lembre-se de que vício tem cura e nós podemos te ajudar”.

Já o programa Depressão tem Cura (DTC), com atuação nacional e em mais 15 países, como Honduras, Cabo Verde, Paraguai, Portugal, Romênia e Ruanda, beneficiou um total de quase 1,4 milhão de pessoas pelo mundo, em cerca de 43 mil ações. O objetivo do grupo é levar apoio emocional e fortalecer aqueles que vivem dificuldades e precisam de um aliado, além da esperança de que é possível mudar a própria vida para melhor.

O responsável nacional do DTC, Jefferson Garcia, celebra os números alcançados pelo programa no ano de 2023 e fala sobre o que vem por aí: “Se amparamos quase 1,4 milhão, é porque o grupo não parou. Em 2024, vamos continuar trabalhando pelas pessoas que estão sofrendo”.

O Bispo Renato Cardoso avalia tudo o que foi feito em 2023 a partir dos programas sociais: “A Universal não está fazendo muito, nem demais. Está apenas cumprindo uma obrigação humana, que é o amor ao próximo. É o que a Bíblia nos ensina, e é o que precisamos praticar. E isso tem potencial de fazer o mundo ser muito melhor, porque é a prática da Palavra de Deus”, afirma.

Por fim, ele deixa um recado para os voluntários da Igreja pelo mundo: “Nossas orações são para que Deus nos dirija em tudo, para podermos realizar muito mais do que já foi feito até aqui, ao longo destes 46 anos da Universal, sempre contando com esses valorosos voluntários espalhados mundo afora. Que o nosso Deus abençoe muito mais cada um deles”, conclui.

Confira os infográficos:

Texto atualizado em 9 de fevereiro de 2024

UNIcom — Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal