No Paquistão, uma cristã foi expulsa do próprio trabalho e da aldeia onde morava, sob ameaças de morte, apenas por seguir ao Senhor Jesus.

Entenda o que aconteceu:

A viúva Musarrat Bibi e o jardineiro muçulmano Muhammad Sarmad foram acusados de profanarem o Alcorão. E mesmo sendo absolvidos dessa falsa acusação de blasfêmia,  Musarrat perdeu o emprego e foi expulsa da própria aldeia em que morava, sob ameaças de morte.

• “Quando voltei para casa, após fiança, comecei a receber ameaças de pessoas desconhecidas de que, embora o tribunal tivesse me libertado da prisão, eu ainda era culpada de cometer blasfêmia e eles não poupariam minha vida”, disse ela ao Christian Daily International-Morning Star News.

Por conta de 96% do país ser muçulmano, Musarrat contou que era impossível recuperar o emprego.

• “A falsa acusação arruinou a minha vida, obrigando-me a procurar refúgio em diferentes locais desde que fui liberta sob fiança, após a detenção”, relatou.

A viúva, que é mãe de duas filhas, trabalhava no escritório de uma escola e também administrava uma loja particular para complementar sua renda. Ela detalhou que recebeu o cargo após a morte do marido, que era professor. 

O que você precisa saber:

Ao detalhar o caso, Musarrat contou que uma professora muçulmana guardava rancor por ela ter se recusado a limpar o banheiro, não sendo essa sua função na escola.

Foi então que, logo em seguida, a professora mentiu sobre o que aconteceu para a diretora da escola. 

• “Assim que a diretora me viu, ela gritou que eu havia ferido seus sentimentos religiosos ao queimar páginas do Alcorão. Eu não tinha ideia do que ela e os outros professores estavam me acusando, mas apesar dos meus repetidos apelos, alguns professores me empurraram para fora, onde fui cercada pelos estudantes e pelos moradores locais”, relatou ela, que começou a orar silenciosamente pedindo a Deus que lhe desse coragem para enfrentar aquela falsa acusação.
• “A intervenção oportuna da polícia salvou minha vida. Caso contrário, Deus sabe o que eles teriam feito comigo”, disse ela, que ficou quase um mês detida.

Paquistão está no 7º lugar da Lista de Perseguição:

• É considerado comum acontecer falsas acusações de blasfêmia no Paquistão, onde a maioria da população é muçulmana. 
• Devido a isso, o governo do país cede à pressão das pessoas, que continuam a perseguir cristãos no país. 
• De acordo com informações do Christian Headlines, mais de 2 mil pessoas foram acusadas de cometer blasfêmia desde 1987, sendo que pelo menos 88 pessoas foram mortas por acusações semelhantes.  
• Atualmente, o Paquistão está no 7º lugar da Lista de Perseguição 2024, mesma posição que ocupou no ano anterior.

Veja também:

Cristãos são marginalizados no Paquistão

O Estado Islâmico assume atentado que matou 40 cristãos no Congo

Perseguição contra cristãos da Índia chama atenção do mundo pela crueldade