Uma das maiores preocupações atuais é a segurança de nossos dados na internet. De acordo com um relatório da Fortinet, no primeiro semestre de 2023, o Brasil teve 23 bilhões de tentativas de ciberataque e lidera o ranking global. Essa situação alarmante não é novidade: entre 2018 e 2019, o número de vazamentos de dados no Brasil aumentou 493%, segundo uma pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Segundo estatísticas da empresa SurfShark, especializada em privacidade, os dados mais vazados de brasileiros são gênero, país de origem, nome, nome de usuário e senhas, com uma estimativa de mais de 1,2 milhão de dados que se tornaram públicos de maneira indevida. Apenas Estados Unidos, Rússia, China e França têm mais dados vazados do que o Brasil e, por isso, é fundamental cuidar da segurança on-line.

Essa segurança digital é o conjunto de práticas, ferramentas e estratégias usadas para proteger dados e informações pessoais no ambiente on-line, como explica Guilherme Guidi, advogado especializado em direito digital: “isso abrange uma ampla gama de medidas de proteção contra acessos não autorizados, ataques cibernéticos, roubo de identidade e outras formas de violação de privacidade na internet. A segurança digital não se limita apenas a proteger informações confidenciais, mas também a garantir a integridade e a disponibilidade desses dados”.

É possível consultar gratuitamente se os seus dados foram vazados no site serasa.com.br/premium/darkweb/, mas, se houver qualquer suspeita de que isso tenha acontecido, é importante alterar as senhas, entrar em contato com o serviço ou a plataforma e seguir as orientações deles. Além disso, se necessário, reportar o vazamento a autoridades competentes ou a órgãos de proteção do consumidor.

Outro lado
Além de proteger os dados pessoais, é importante fazer da internet um ambiente seguro também para a saúde mental, psicológica e emocional.

Até porque, além de vazamento de dados pessoais, ainda há compartilhamento de fake news, dependência tecnológica e até os cancelamentos virtuais que resultam em ansiedade e depressão e podem levar ao suicídio.

Os efeitos negativos da internet foram confirmados pelo Indicador de Confiança Digital (ICD) de 2019 que apontou que 41% dos jovens brasileiros associam o uso de tecnologia com tristeza, ansiedade e depressão. Mas está nas mãos dos usuários modificar esse cenário, alerta o psicólogo

Danilo Suassuna: “o comportamento das pessoas, principalmente nas redes sociais, desempenha um papel crucial na criação de um ambiente on-line seguro e saudável. As interações, as escolhas de conteúdo e a maneira como as informações são compartilhadas podem influenciar negativamente a qualidade da experiência on-line não apenas para o indivíduo, mas também para a comunidade como um todo”.

Quer garantir que o uso da internet seja seguro e a proteção efetiva de seus dados, da sua mente e de outras pessoas, siga as dicas contidas no infográfico ao lado.