Ação social na Nova Zelândia acolhe 150 pessoas
Iniciativa realizada no domingo, 25/2, distribuiu lanches e promoveu corte de cabelo gratuito para homens e mulheres; local escolhido foi o Parque Freyberg, em Auckland
No último domingo, 25/2, os grupos mais vulneráveis de Auckland, na Nova Zelândia, contaram com uma ação social coordenada pela Unisocial EVG.
O objetivo foi levar lanches e refrigerantes, além de apoio emocional e do serviço de corte de cabelo para os necessitados — como desabrigados e aqueles que foram abandonados por seus familiares.
A estimativa é que 150 pessoas tenham sido beneficiadas pela iniciativa, realizada no Parque Freyberg, região central da cidade.
Segundo o World Data, o país está na 51ª posição, quando consideradas as maiores economias do mundo. Sua população é de 5,2 milhões de habitantes — em comparação, somente a capital de São Paulo tem 11,4 milhões, ou mais que o dobro. Auckland é a maior cidade neozelandesa: tem cerca de 1,7 milhão de moradores, quase um terço dos cidadãos de todo o território nacional.
Há pelo menos uma década, a Nova Zelândia tem sofrido com uma crescente desigualdade econômica, como informa o Stats NZ. O órgão oficial revela, por exemplo, que, em 2021, os 20% mais ricos detinham 69% do patrimônio líquido total das famílias de todo o país. Isto significa que, a exemplo de outras metrópoles, Auckland tem uma população considerável em situação de rua: 18.417 pessoas, segundo o censo de 2018 da Universidade de Otago. O registro, último feito e anterior à pandemia, apontava tendência de aumento.
Confiança no futuro
O trabalho realizado pela Unisocial EVG, mantida pela Igreja Universal do Reino de Deus, entra aqui. De acordo com o responsável da ação, Wellington Passos, os mais necessitados de Auckland costumam ter dificuldades com moradia — muito cara na cidade — além de salários baixos, desemprego e problemas de saúde. “O custo de vida é extremamente alto”, enfatiza.
Ele traz mais reflexões sobre o perfil dos grupos vulneráveis do local: “Muitos já não têm esperança e não veem uma saída para sua situação financeira, mental e emocional”. A partir desta iniciativa, o programa social proporcionou um pouco de conforto, beneficiando 150 pessoas. E mostrou que as coisas podem melhorar. “Não levamos apenas alimento e cuidados com a higiene pessoal, mas carinho e atenção que ajudam a recuperar a esperança de cada indivíduo em um futuro diferente”, conclui Wellington.