“Eu via a minha alma andando de um lado para o outro”

Gabriel Conceição Santos se envolveu com drogas e se afastou de Deus até perceber o quanto estava errado

Imagem de capa - “Eu via a minha alma andando de um lado para o outro”

Gabriel Conceição Santos tem 26 anos, mora no bairro Plataforma, em Salvador (BA), e é auxiliar de produção. “Meu pai e minha mãe eram obreiros e me ensinavam o caminho da fé, mas, com 15 anos, quando fui entrar na sala de aula, do nada, uma menina parou na minha frente para me beijar. Surgiu um desejo dentro de mim e eu não quis mais ir para a Igreja. Faltava um mês para que eu fosse levantado a obreiro, mas desisti”, conta.

Rapidamente, ele enveredou para o mundo das drogas. “Usei pela primeira vez com um primo-irmão, que me ofereceu maconha. Foi como se eu perdesse o controle do meu corpo. Eu via a minha alma andando de um lado para o outro e me joguei no chão, me debatendo, para ver se aquilo era real mesmo. Passei a fumar com frequência. Meu primo já tinha me apresentado os ‘caras’ da boca de fumo e quando comecei a trabalhar já não ficava mais na dependência dele para fumar”, revela.

Contudo foi a partir do trabalho que Gabriel conheceu a cocaína: “saí para beber e um colega perguntou se eu já tinha cheirado e me convidou para experimentar. Quando usava a droga, eu tinha desejo de me envolver com mulheres casadas, mas, ao voltar para casa, batia uma tristeza internamente, um desânimo. Eu ficava olhando para a Bíblia, de vez em quando até ia à Igreja, mas, mesmo assim, não voltava para Deus, pois sentia vergonha e medo”. Ele se casou com Monize Santos, hoje com 32 anos, mas continuou a usar drogas: “minha esposa até me convidava para ir à Universal, mas eu não ia”.

Gabriel resolver voltar para a fé só depois de quase morrer em uma batida policial, como relata: “eu estava em um lugar que não conhecia, com os bolsos cheios de drogas e fui ao banheiro. Quando saí, a polícia estava fazendo uma blitz e escapei de ser preso ou de sofrer coisa pior. Na semana seguinte, minha esposa me convidou para ir à Universal. Lembro de ouvir a Palavra, mas não prestei atenção. Eu só lembrava da cena que aconteceu e pensava: ‘eu podia estar morto’, mas Deus me deu uma oportunidade e decidi abraçá-la”.

Frequentar a Universal de novo fez Gabriel se reaproximar de Deus de fato. “Eu me afastei das más amizades e das drogas, deixei de me envolver com outras mulheres e me batizei nas águas. Recebi o Espírito Santo no dia 3 de julho de 2021, quando estava acontecendo um Jejum de Daniel. Também lembro de ter dito a Deus que queria ser diferente na Fogueira Santa que estava começando. Falei para a minha esposa do meu desejo de fazer a Obra do Senhor. Eu me esvaziei de tudo e foi nesse momento que veio a certeza de que o Espírito Santo habitava em mim”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: cedidas