Nesse último dia 7 de abril, foi o Dia Nacional do Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A data instituída pela Lei 13.277, em 2016, visa chamar a atenção à questão recorrente entre crianças e adolescentes, além de propiciar a conscientização sobre os danos causados às vítimas do bullying e meios de combater a violência por meio do respeito e da empatia.

De acordo com o levantamento realizado pela Unesco, desde 2007, início da pesquisa, o crescimento do número de registros de casos de bullying são contínuos. Entre 2021 e 2023, a marca de 100 mil documentos de denúncia emitidos foi ultrapassada todos os anos.

Entenda o bullying:

Assim como define a sua construção, a palavra bullying – a junção de “bully” (valentão) e do sufixo “ing”, que representa uma ação contínua na língua inglesa – designa um conjunto de agressões repetitivas contra a vítima durante um período determinado. Seja de ordem física, verbal ou psicológica, isolada ou em grupo, na prática, tais agressões caracterizam um quadro de perseguição capaz de humilhar, intimidar e traumatizar a vítima.

Geralmente, o indivíduo é exposto e ridicularizado por apelidos vexatórios, ou, até mesmo, sofre com agressões baseadas em suas características físicas, seus hábitos ou maneira de ser.

O bullying é uma prática comumente vista em ambientes de convívio social, a exemplo, as escolas. Porém, atualmente, o ato também tem ganhado força em áreas virtuais onde há interação entre seus usuários, como em plataformas e redes sociais digitais. Desta forma, a violência na internet é denominada cyberbullying.

Não é só brincadeira, é crime:

Embora muitos justifiquem o bullying como mera brincadeira, a sua prática efetiva pode causar danos profundos à saúde física, emocional e psicológica da vítima, como a depressão, distúrbios comportamentais e até o suicídio.

Com isso, pensando na saúde e proteção à integridade de crianças e adolescentes, o bullying foi criminalizado após o ato ser inserido no Código Penal.

A Lei 14.811, sancionada em 15 de janeiro de 2024, prevê a reclusão de 2 a 4 anos dos autores de quaisquer práticas de agressão física, verbal ou psicológica grave de natureza temporária, além de multa. Se menor, o agressor sofrerá sanções disciplinares estabelecidas pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Chega de Bullying!

No entanto, a prática e suas consequências podem ser evitadas por meio da conscientização e da educação. O Stop Bullying!, inciativa do projeto EducAção em parceria com o programa Força Teen Universal (FTU), é um dos meios que busca promover a boa convivência e o entendimento a respeito da prática e efeitos do bullying nas escolas.

Por meio de palestras e um bate-papo descontraído, o Stop Bullying! apresenta, diariamente, a milhares de crianças e adolescentes de instituições de ensino público e privado de todo o País, importantes aprendizados de como superar o trauma de ser vítima de bullying além de como superar conflitos internos e não se tornar um praticante de bullying.

O palestrante e responsável nacional pelo FTU, Walber Barboza, conta o quão significativo é suscitar um assunto tão presente na atualidade: “buscamos demonstrar que o bullying é consequência daquilo que as pessoas têm dentro delas. E como resolvê-lo? Com o desenvolvimento dos pilares da convivência!”

Ainda, cartinhas com mensagens de incentivo e motivação também são distribuídas entre alunos, professores e funcionários da escola. Já no Cantinho do Desabafo, os jovens estudantes podem receber orientações dos conselheiros presentes a respeito da valorização a vida.

Veja também:

Stop Bullying

Gostou? Confira as ações do Stop Bullying! de perto e saiba como inscrever a sua escola nas palestras, acessando: www.instagram.com/educaacao.brasil. Juntos nós podemos vencer o bullying!

O FTU:

O FTU atende adolescentes de 11 a 14 anos, que é considerada a fase dos maiores desafios no desenvolvimento deles. Durante as ações do grupo, além da transmissão de valores, os adolescentes recebem auxílio para descobrir novos talentos e desenvolver suas habilidades.

Para fazer parte do FTU, visite a Universal mais próxima de você e fale com o responsável pelo grupo.