Atletas da FJU se destacam no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu
Equipe do Rio de Janeiro conquistou três medalhas no torneio que ocorreu semana passada, em Barueri (SP)
Entre os dias 20 e 28 de abril, atletas da Força Jovem Universal (FJU) do Rio de Janeiro participaram do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu (CBJJ), realizado no Ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri (SP). A equipe treinada pelo programa social conquistou três medalhas no maior torneio nacional da modalidade.
Os 20 competidores que representaram a FJU disputaram nas categorias: Galo, Pluma, Pena, Leve, Médio, Meio-Pesado, Pesado e Pesadíssimo. Dentre esses, três venceram seus oponentes e garantiram um ouro e dois bronzes.
Não foi a primeira vez que a jovem Gabrielly Souza, de 16 anos, participou de uma competição de jiu-jítsu. “Em 2023, fui medalhista de ouro e a expectativa era repetir o feito em 2024. Contudo, não consegui superar a minha adversária na semifinal e fiquei com a medalha de bronze. Agora, estou me preparando para ir ao mundial, na Califórnia”.
O voluntário e professor Luciano Nascimento explica que a preparação “é dura, pois eles têm que lutar contra os melhores atletas, não só do Brasil, mas de várias nacionalidades. Sendo assim, fazemos treinamentos técnicos e preparações físicas específicas, que requerem muito empenho, disciplina e dedicação do atleta”.
“Por meio desse esporte, eles têm oportunidades únicas de estarem em lugares que nunca pensariam em conhecer, e até de tornarem-se exemplos para outros e orgulho para suas famílias”, finaliza.
Ferramenta para o desenvolvimento
Em um estudo promovido pelo Grupo Allianz, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI), jovens apontaram os principais motivos para não praticarem esportes. Sendo que, 37% dos entrevistados alegaram ter o custo de vida como um desafio.
As aulas gratuitas de jiu-jítsu, oferecidas semanalmente em polos da FJU – programa social criado pela Igreja Universal do Reino de Deus –, em diferentes localidades do Rio de Janeiro, incentivam a juventude a viver com mais saúde, longe das drogas e da criminalidade. Atualmente, a iniciativa atende cerca de 900 alunos no estado.
“Recebemos jovens de todos os credos, etnias e classes sociais, mas principalmente de comunidades carentes. As artes marciais, e especialmente o jiu-jítsu, são uma ferramenta de suma importância para o desenvolvimento físico, intelectual e social, atuando diretamente na autoestima e na inclusão deles”, diz o responsável das Artes Marciais da FJU no RJ, Atanael Azevedo.