Em meio à tragédia, também a maldade humana
Nas últimas semanas, o mundo tomou ciência das proporções do maior desastre natural extremo que já atingiu o Rio Grande do Sul. As fortes chuvas começaram em 27 de abril e, desde então, atingiram 90% dos municípios gaúchos com enchentes que apagaram bairros do mapa, derrubaram pontes e destruíram estradas e, ainda, tristemente, ceifaram a vida de centenas de pessoas e impactaram mais de 2 milhões de gaúchos (conforme os dados divulgados pela Defesa Civil até o fechamento desta edição).
Paralelamente às atualizações sobre as chuvas, ao aumento do nível da água, aos desalojados, aos resgates realizados por civis e órgãos públicos de segurança, aos relatos das vítimas e às milhares de ações sociais para a arrecadação de doações, a situação que muitos descreveram como “cenário de guerra” vem revelando que, infelizmente, a maldade ainda encontra espaço para atingir seu ápice.
Em meio a essa tragédia, algumas pessoas ainda são capazes de ter um comportamento extremamente difícil de compreender, repugnante e revoltante. Aos poucos surgem diferentes denúncias de estelionato, com pessoas que cobram para resgatar pessoas ilhadas; saques e roubos em embarcações que estão auxiliando no resgate das vítimas, em casas que foram deixadas pelas famílias e em comércios; e até abusos sexuais contra mulheres e crianças nos abrigos.
A maioria dessas denúncias ganhou voz nas redes sociais e está sendo investigada pelos órgãos competentes enquanto medidas ostensivas vêm sendo tomadas para garantir a segurança. Mas o questionamento é: que tipo de ser humano é esse? Como podem existir pessoas dispostas a tirar proveito em uma situação em que a maior parte da população perdeu tudo? Por que isso acontece?
Como sempre, as Sagradas Escrituras trazem a resposta. Eclesiastes 8.11 lembra que “o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal”. Ninguém nasce mau, mas a maldade está dentro do indivíduo sendo instigada por pensamentos, comentários e até a ideia de “aproveitar a oportunidade” e tirar vantagem de alguém para seu bel-prazer. Todavia, assim como o bem, o mal é uma escolha que cada ser humano faz constantemente.
Diante de tanto caos e maldade, talvez você, caro leitor, até se pergunte: cadê Deus? A questão é que Ele não é responsável por aquilo que o ser humano faz ao usar seu livre-arbítrio, mas, sabe onde Ele está? Nas dores de parto da natureza que declaram que a volta do Senhor Jesus está próxima (Romanos 8.20-22); na comoção de pessoas em todo o mundo que, mesmo longe, sentem a dor daqueles que perderam tudo (Romanos 12.15); e na movimentação de milhões de pessoas que estão empenhadas em ajudar o próximo com suas doações, com a divulgação correta dos fatos e com o voluntariado (Mateus 25.35-36). Ele está na bondade, no amor ao próximo e na esperança de que dias melhores estão por vir que ainda sobressai nessa situação entre aqueles que são e vivem à Sua Imagem e Semelhança.
E que não cessem os esforços para ajudar, mesmo que seja com “pouco”. O povo do Rio Grande do Sul ainda precisará dessa compaixão por um bom tempo. Você pode contribuir com uma ajuda monetária por meio do PIX social@universal.org ou do aplicativo portal Universal em SOS Rio Grande do Sul, na aba doações, ou com doação de água, produtos de higiene, alimentos não perecíveis, cobertores e roupas nos templos da Universal de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A prestação de contas de todo trabalho humanitário realizado pela Universal é constantemente divulgada aqui na Folha Universal, no portal universal.org e nas redes sociais oficiais.