O mês de junho é marcado por campanhas que ressaltam a importância dos cuidados com a saúde do sangue. Uma delas, o Junho Laranja, criada em 2011 pelo movimento Eu Sou Sangue, foca na conscientização sobre a leucemia e a anemia e no diagnóstico precoce dessas doenças para aumentar as chances de controle ou de cura delas. A incidência da anemia, por exemplo, não é baixa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial é anêmica. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que até 50% dos brasileiros têm carência de ferro e mais de 20% das crianças abaixo de cinco anos estão com a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas.

Para Thais Verdi, nutricionista há 20 anos, especialista em nutrição esportiva, ortomolecular e genética, escritora e autora de artigos internacionais, a anemia pode impactar a vida de pessoas de todas as idades: “ela causa uma sensação constante de cansaço e de falta de energia, dificulta a realização de tarefas diárias e gera problemas cardiovasculares, pois força o coração a trabalhar mais para bombear sangue oxigenado para os tecidos, o que aumenta o risco de problemas cardíacos. Ela também compromete o sistema imunológico, pois torna o corpo mais suscetível a infecções”

Thais explica que a anemia é uma condição médica caracterizada pela redução da quantidade de glóbulos vermelhos ou da hemoglobina no sangue. “A hemoglobina é a proteína nos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. Quando há uma quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos, o corpo não recebe oxigênio suficiente, o que pode causar uma série de sintomas e problemas de saúde. A alimentação desempenha um papel crucial na prevenção e no tratamento de diferentes tipos de anemia, especialmente as causadas por deficiências nutricionais”, salienta.

Para prevenir ou combater a anemia e promover a qualidade de vida geral, Thais aconselha a combinação de uma dieta nutritiva, tratamento médico especializado e exercícios apropriados: “é importante considerar uma abordagem equilibrada e variada, incluindo uma ampla gama de alimentos ricos em ferro, vitamina B12, folato e vitamina C. O exercício pode ser benéfico porque melhora a circulação sanguínea das pessoas com anemia, mas é essencial adotá-lo com cautela e sob orientação médica. Consultar um nutricionista ou um médico pode fornecer orientações personalizadas e adequadas às suas necessidades específicas”.