A morte como solução?
Desde a adolescência, Flávia Azevedo foi dominada por pensamentos suicidas, vícios, depressão e síndrome do pânico. Entenda como ela sobreviveu a tudo isso
A técnica em aparelhos eletrônicos Flávia Daiane Azevedo, de 22 anos, conta que viveu “um inferno” por muitos anos. Ela relata que perdeu seu pai quando tinha apenas três anos e que sua casa era mantida pelo avô. Contudo, quando ele e sua avó se separaram, a família começou a se afundar na miséria, o que piorou ainda mais quando ele faleceu.
Além disso, desde pequena, ela enfrentava problemas espirituais. “Antes dos dez anos, eu já era uma criança viciada em masturbação e logo depois em pornografia e, com a perda do meu pai e a falta de uma figura masculina, passei a confiar em um parente próximo, que tentou abusar sexualmente de mim”, conta.
A relação entre Flávia e sua mãe também não era boa. Na adolescência, as duas sempre “se estranhavam”. Ela detalha como era o relacionamento: “tinha muita briga porque ela queria o meu bem, mas eu não via assim. Para mim, era como se ela sempre batesse de frente comigo e aquilo me dava raiva”.
A situação piorou ainda mais quando sua mãe se casou de novo. O padrasto de Flávia usava drogas, era violento e infiel. Ela decidiu então morar na casa da avó, onde viu, várias vezes, sua mãe chegar e dizer que “não voltaria para aquele casamento”. Mas ela sempre reatava e, com raiva dos dois, Flávia afirmava: “quando ele matar minha mãe, eu não vou ao velório dela”.
Para fugir da realidade, Flávia, aos 13 anos, passou a manter amizades destrutivas, a se relacionar com várias pessoas e a usar maconha para “se tranquilizar e esquecer os problemas”, o que não surtiu bons resultados. “Passei a usar tanto que precisei ir ao hospital duas vezes e o consumo de álcool também passou a ser frequente. Voltei para casa bêbada diversas vezes”, relata.
Abrindo os olhos
Na tentativa de encontrar uma direção para a sua vida, Flávia frequentou centros religiosos, mas, em vez de seus problemas diminuírem, eles aumentaram. “Eu passei a ter crises de ansiedade e de pânico, depressão e perdi a vontade de viver. Tudo piorou com o fim de um relacionamento com uma pessoa que enfrentava os mesmos problemas”, diz.
Aos 20 anos, desejando reatar o relacionamento perdido, ela se lembrou das reuniões da Universal que frequentara na infância, quando acompanhava sua mãe. “Fui pedir a Deus no Altar pela pessoa, mas percebi que eu precisava muito mais. Assim, a Palavra de Deus foi entrando na minha mente e abrindo meus olhos”, salienta.
Ela recorda que houve uma luta em seu interior entre satisfazer seus desejos e a vontade de fazer o que agradava a Deus. “Era uma guerra dentro de casa e dentro de mim, mas eu buscava a Deus, pois eu não queria ser quem eu era. Eu queria conhecer o Deus de quem eu ouvia falar e, com tudo que ia aprendendo, fui me libertando do passado”, revela. Essa libertação incluiu a superação de sentimentos que ela nutria pela pessoa com quem viveu o relacionamento anterior.
Flávia então ouviu falar da campanha Fogueira Santa de Israel e viu nela uma oportunidade para alcançar a mudança definitiva e o milagre que desejava: o Espírito Santo. “Essa campanha passou a ser tudo para mim naquele momento, dediquei todos os meus dias a ela e fui além do que Deus tinha me pedido”.
Ela entregou no Altar tanto o seu interior como tudo que tinha vivido até então e, com perseverança na fé, alcançou a mudança interna. “A Fogueira Santa me trouxe como resultado a Salvação da minha alma e a mudança de vida: da velha Flávia para uma nova Flávia, que é filha de Deus”, afirma.
Ela diz que hoje está livre das mágoas, dos vícios e do desejo de morte e que é feliz de verdade, tem paz e pode ajudar outras pessoas a viverem o mesmo. “Passei a ser o próprio testemunho do que Deus pode fazer e ainda hoje a Fogueira Santa, para mim, é uma oportunidade para que a minha vida continue no Altar”, conclui.
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