“Temos um relacionamento e um filho, mas moramos em casa separadas”
No programa Escola do Amor Responde, a aluna Lúcia, de 30 anos, contou que mantém um relacionamento com um homem de 48 anos, com quem tem um filho de nove meses. Entretanto eles moram em casas separadas. Ela disse que eles nunca moraram juntos, mas que o chama de “esposo”. Segundo Lúcia, o companheiro propôs que se casassem, mas continua morando na casa da mãe dele e, por isso, ela não aceitou a proposta.
LÚCIA – Tenho 30 anos e meu esposo, 48. Nós temos um relacionamento de três anos e um filho lindo de nove meses, mas moramos em casas separadas. Ele nunca morou comigo e sempre morou com a mãe dele. Ele diz que me ama, mas não quer ter um compromisso comigo. Ele fez a proposta de se casar comigo, mas continua morando com a mãe dele, mas eu não aceitei isso.
RENATO – Ele tem 48 anos. Provavelmente, ele deve estar cuidando da mãe, imagino. Você não aceitou o casamento, então, na verdade, ele não é seu esposo, é seu namorido. Você o chama de esposo e já tem um filho com ele. Que bagunça! É isso que se pode definir como “colocar o carro na frente dos bois”.
CRISTIANE – Você não pode querer compromisso se você não se dá ao compromisso. Você se entregou a ele e colocou um filho no mundo sem compromisso nenhum, sem ter nada escrito ou oficial em relação a formar uma família. Agora, você quer que ele assuma você e a criança e vá morar com você depois que já se entregou a ele. Isso deveria ter sido combinado antes. Vamos dizer, por exemplo, que você vá comprar ou vender a sua casa. Você entregaria a casa primeiro para depois pedir o pagamento? Certamente, não. Primeiro, você recebe o pagamento e depois você dá a casa. Todo mundo faz isso. Ninguém dá a casa antes. Afinal, se você entregar a casa primeiro e a pessoa não quiser pagar, como é que fica essa situação? No seu caso, você teve um filho com ele sem ter combinado nada sobre o relacionamento. Agora, você não pode forçá-lo a se casar com você ou sair da casa da mãe dele, porque não existia nenhum acordo entre vocês.
RENATO – Infelizmente, muitas mulheres esperam que, depois de ter o filho, o homem venha até elas.
CRISTIANE – Eu, por exemplo, espero sair na rua e não ser roubada, espero que não haja governo corrupto e espero muita coisa. Nós esperamos muitas coisas de muitas pessoas, mas sabemos que não é bem assim que o mundo funciona. Então, por que o relacionamento seria como esperamos? É claro que
seu companheiro também está errado, Lúcia, mas estamos respondendo à sua pergunta. Se ele tivesse perguntado sobre a situação de vocês, eu diria que ele agiu de forma irresponsável ao dormir com você, fazer um filho e não querer ter uma vida de marido e mulher.
RENATO – Lúcia, agora não há muito o que fazer. Você pode, por exemplo, aceitar a proposta dele, que é se casar e morar lá com a mãe dele. Muitas noras moram com as sogras. Você pode contemplar essa alternativa. Porém, se essa não é uma possibilidade, você vai ter que dizer a ele que não aceita isso e que, se ele quiser ter um relacionamento com você, ele terá de decidir se casar e morar na casa de vocês. Apresente as suas condições e, caso ele não as aceite, você vai ter que cuidar dessa criança e ele vai ter que cumprir as obrigações financeiras dele em relação a você e à criança. É isso que resta a você, não há mágica, não adianta nós darmos uma fórmula para você. Um relacionamento saudável começa com amizade, depois segue para o namoro e o noivado. Em seguida, vem o casamento e, só depois de algum tempo, o filho. O início do casamento é um momento para um conhecer melhor o outro.
CRISTIANE – Hoje, muitas pessoas inverteram a ordem
dos acontecimentos. Elas têm filhos e só depois pensam em namorar. Aí fica difícil.
Acompanhe o Escola do Amor Responde pela Rede Aleluia, de segunda a sexta-feira, às 6h30 e às 11h30, ou pelo site blogs.universal.org/renatocardoso/escola
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