De uma unidade socioeducativa para o Altar

Com várias passagens pela polícia, Marrone Cirqueira abraçou a chance de recomeçar por meio da fé no Senhor Jesus

Imagem de capa - De uma unidade socioeducativa para o Altar

As drogas e a criminalidade eram a realidade que Marrone Cirqueira, de 19 anos, conhecia. Ele cresceu cercado por pessoas que estavam envolvidas no crime e os resultados fáceis despertaram o seu interesse ainda na infância. “Eu via que eles tinham dinheiro, relógio, roupa de marca e respeito. Eu queria a mesma coisa e, então, trilhei o mesmo caminho deles. Comecei a usar maconha, fumar cigarro, cheirar cocaína e a usar lança-perfume. Para arrumar dinheiro fácil, eu comecei a traficar”, relembra.

As más escolhas o levaram a cometer vários crimes e a ser apreendido muitas vezes aos 14 anos. “Eu saía revoltado, com vontade de me afundar ainda mais naquela vida”, diz. Para quem olhava de fora, Marrone era um caso perdido. “Aos 15 anos, eu tive 14 passagens pela polícia. Cometi crimes e mergulhei em baladas, festas, bebidas e prostituição.

Apesar da aparente realização, ele carregava um vazio dentro dele. “Minha mãe falava que existia outro caminho para a minha vida. Ela me convidava para ir à igreja que ela frequentava e eu a acompanhei algumas vezes, mas dei ouvidos a pensamentos que me diziam que Deus não me perdoava e que não tinha mais jeito para mim. Assim, eu desisti da fé”, explica.

O retorno ao mundo da criminalidade foi marcado pelo tráfico, por mais roubos e por outra internação em uma unidade socioeducativa para menores. “Eu não tinha mais expectativa de sair. Cheguei a brigar e a colocar fogo no colchão na minha cela, mas estava cansado. Eu não aguentava mais o vazio que tinha dentro de mim, a solidão e a dor que eu carregava”, afirma. Foi nessa condição que Marrone conheceu o Universal Socioeducativo (USE). “Eu tive curiosidade de escutar a Palavra de Deus. Toda vez que eu participava das reuniões que os voluntários faziam, eu me sentia bem, o que me despertou. Eu vi que existia uma saída.”

Escolha diferente

Depois de ouvir e crer no que era ensinado sobre as Escrituras Sagradas, Marrone decidiu mudar o rumo de sua vida. “Me batizei nas águas e me entreguei ao Senhor Jesus. Depois de dois anos preso, ganhei a liberdade e fui até o Altar, onde fiz um voto com Ele. Passei a obedecer, a orar, a jejuar e a buscar o Espírito Santo, porque eu entendi que era o que eu precisava para ter paz dentro de mim”, diz.

Pouco tempo depois, o batismo com o Espírito Santo transformou a vida de Marrone. “Eu fui preenchido por uma alegria que nunca tinha sentido antes e saí da reunião uma nova pessoa, com desejo de falar de Jesus para todo mundo. Aquele Marrone que dava problema para a mãe, hoje dá alegria. Tenho um trabalho, uma vida digna e agora sou feliz”, conclui.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Produção Solo Sagrado e Arquivo Pessoal