Roubos a celulares e golpes virtuais crescem no Brasil

Veja como prevenir-se para não perder o dinheiro de sua conta bancária

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O celular foi transformado no meio mais usado para fazer transações bancárias por sua rapidez e facilidade, mas, a reboque, também trouxe consequências desagradáveis. Em 2022, por exemplo, mais de 1 milhão de aparelhos foram roubados e furtados. Os golpes que usam o PIX também cresceram: segundo o Banco Central, foram 2,5 milhões em 2023. Em fevereiro deste ano foram registradas mais de 750 mil tentativas de invasões a contas bancárias no Brasil.

Para Rafael Franco, especialista em segurança cibernética e CEO da Alphacode, empresa que desenvolve projetos no ambiente mobile, a pessoa pode tomar precauções para evitar a invasão de suas contas bancárias e aconselha: “o principal cuidado técnico é manter o celular sempre com o bloqueio facial ou digital, com o duplo fator de autenticação e o bloqueio biométrico, que diversos aparelhos têm, mas muitas pessoas não ativam; colocar os aplicativos bancários sempre em pastas protegidas; e não usar senhas simples e repetidas em diferentes aplicativos”. Leia mais dicas no infográfico ao lado.

Ele não recomenda que as pessoas usem os celulares na rua: “é uma questão até de segurança física delas. O ‘trombadinha’ vai pegar esse celular e vai sair correndo. Se isso ocorrer, é importante manter sempre a calma. Entregue o aparelho e depois, imediatamente, faça o bloqueio. Tanto os aplicativos do Google quanto outros permitem o bloqueio a distância e a desativação do celular”.

Para quem cogita ter um celular mais barato para entregar ao ladrão, ele orienta: “já ouvi muito essa recomendação. Você pode até estar com dois aparelhos, mas normalmente vai usar o principal para tirar uma foto ou para falar com alguém no WhatsApp e, no fim das contas, o ladrão vai levar esse aparelho. Eu recomendo instalar os aplicativos bancários em um celular que fique em casa. Você vai perder um pouco de flexibilidade por não poder fazer transações quando estiver na rua, mas ganhará segurança”.

Se a pessoa for vítima de roubo ou golpe, ele recomenda que procure a instituição bancária para tentar reaver os valores. “Se for identificado que há uma falha de segurança do próprio banco, a pessoa pode conseguir esses valores de volta. O banco é responsável por garantir a segurança de todas as plataformas digitais dele, o que não garante a devolução em caso de mau uso. Tem usuário que não toma as devidas precauções ou é ludibriado em um golpe e faz voluntariamente um PIX para um terceiro, por exemplo. Nesse caso, o banco não tem responsabilidade”, conclui.

 

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Colaborador

Eduardo Prestes / Ilustração: Edi Edson