Pintura traz a figura de Jesus Cristo com traços caricatos

Caso ocorreu na Austrália. Saiba mais

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Em Sydney, na Austrália, uma exposição, no centro de artes Casula Powerhouse, trouxe a figura de Jesus Cristo, durante a Via-Crúcis, com traços de personagens de desenhos animados (imagem acima). A pintura, feita por Phil James, foi intitulada “Jesus fala com as filhas de Jerusalém”.

O quadro geral:

Como apontou o The Christian Post, James é conhecido no meio artístico por suas sátiras. Entretanto, cristãos se mobilizaram para a retirada da pintura da exposição – o que, de fato, acabou ocorrendo.

  • Ned Mannoun, prefeito de Liverpool, região onde ocorreu a exposição, concordou em remover a pintura. E acrescentou que o direito à liberdade de expressão “precisa ser equilibrado”.
  • James confirma que busca a reação das pessoas às obras que produz, mas que a pintura era “apenas uma imagem”.

Até onde vai o limite da “arte”:

A arte ajuda o ser humano a projetar a sua percepção sobre um recorte histórico cultural.

  • Por exemplo: uma pintura renascentista se contrapõe, sob diversos aspectos, a uma arte medieval. O período do Renascimento, entre os séculos 14 e 16, trouxe uma valorização da cultura greco-romana, da racionalidade, afastando-se da arte medieval, dos séculos 5 ao 15, que se voltava para o tema da religiosidade. E essa mesma observação pode ser aplicada para os diferentes estilos e movimentos artísticos que surgiram ao longo da história da humanidade.
  • Entretanto, até onde vai essa liberdade criativa da arte? O prefeito Mannoun é coerente ao afirmar que as expressões artísticas devem ser limitadas a não atacar valores pessoais tão fortes. Em suma, deve-se respeitar o próximo.
  • Recentemente, o mesmo assunto veio à tona com a polêmica abertura das Olimpíadas deste ano, em Paris, com uma apresentação que, claramente, zombou de um quadro renascentista intitulado “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci. Inclusive, a organização da cerimônia pediu desculpas pelo que foi produzido. Confira mais sobre o ocorrido aqui.
  • Além disso, é quase em um tom irônico quando artistas realizam tais manifestações e, depois, afirmam que a intenção “não era atacar a fé de ninguém” e se escondem na acusação de que foram vítimas de uma “censura”.

O que notar:

Portanto, é importante desenvolver um olhar crítico ao se consumir conteúdos de massa ou que comuniquem algo, porque nenhuma produção audiovisual é destituída de simbolismos e significados (ainda que sejam expressos de maneira inconsciente por quem as produziu).

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Colaborador

Da Redação / Foto: Reprodução