“Eu tentei me matar na frente da minha mãe”

Tomada pelo ódio e pela mágoa, Luana Macedo Ebner queria que aqueles que estavam ao seu redor também sofressem. Saiba como a história dela mudou

Imagem de capa - “Eu tentei me matar na frente da minha mãe”

A tristeza sempre esteve presente na vida da assistente de atendimento Luana Macedo Ebner, de 23 anos. Mesmo sem motivo aparente, ela conta que sua infância foi marcada por noites de choro. O sentimento de vazio a acompanhou durante toda a adolescência e a morte de seu irmão piorou sua condição. “Ele era tudo para mim, a base da minha vida e, quando isso aconteceu, eu me revoltei contra a vida, contra mim mesma e contra as pessoas ao meu redor”, relembra.

Vivendo em um lar cheio de conflitos diários, Luana já tinha visto seus irmãos brigarem e passou a culpar sua irmã pela morte do irmão. “Ele tinha vícios e eu acreditava que ele era uma vítima e que ela não tinha feito nada para ajudar. Por causa desse pensamento, eu coloquei toda a culpa, a mágoa e o ódio que eu sentia na minha irmã.”

Luana passou a ser agressiva com as pessoas e a se manter isolada, o que piorou seu quadro de depressão, ansiedade e síndrome do pânico. “Eu passava a noite chorando e repetindo que eu não queria viver”, diz. Foram muitas as tentativas de apagar a dor que carregava dentro de si e, entre elas, estava o investimento em relacionamentos. “Eu só tinha 15 anos, mas me envolvia com três ou quatro pessoas em uma mesma semana, tudo para esconder o vazio e passar o tempo.”

Nessa época, vieram duas tentativas de suicídio. “Eu tentei me matar na frente da minha mãe porque eu queria que ela me visse morrer e que soubesse que a culpa era dela”, detalha. “Mas eu não consegui me matar e me revoltei, pois pensava que nem a morte me queria”, afirma.

Uma chance

Enquanto Luana sofria, sua irmã, que frequentava a Universal, passou a lutar por ela por meio da fé. Apesar de ouvir sobre Deus e sobre Seu poder transformador, Luana resistia à mudança. “Eu cheguei a frequentar a igreja, mas, para mim, não fazia sentido acreditar em Deus, principalmente com todo o sofrimento que eu carregava.”
Foi então que, em uma terceira tentativa de suicídio, algo falou mais forte dentro de Luana: “eu estava pronta para tentar o suicídio quando senti algo me segurar e ouvi na minha mente Deus falando que só queria uma chance para cuidar de mim”.

Essa experiência fez com que a jovem mudasse a sua atitude com relação à fé. Ela passou a ser sincera em suas orações e pediu a Deus um sinal de Sua existência. “Naquele dia eu fui à igreja e saí da reunião em paz, não briguei em casa e consegui dormir. Era o que eu precisava para me lançar por completo. Abandonei tudo o que era errado, liberei o perdão, me batizei nas águas e passei a buscar o Espírito Santo com todas as minhas forças. Quando recebi o Espírito de Deus, o meu sofrimento interior acabou, eu recebi força e uma nova vida”, explica.

Hoje, Luana não tem mais depressão, ódio ou mágoa, e carrega apenas paz dentro de si. Seu relacionamento familiar foi restaurado, ela se casou e agora ajuda outras pessoas que passam pelo mesmo que ela viveu um dia. “Jesus mudou a minha vida: eu era uma pessoa descrente, e hoje sei que devo a Ele tudo o que eu tenho”, conclui.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: Demétrio Koch