A morte é um assunto que te incomoda?
Apesar do desconforto que esse tema gera na maioria das pessoas, ele precisa ser encarado. Entenda qual é a razão para isso e a importância de tomar uma decisão
Nascer, crescer, reproduzir e morrer. Esse é o ciclo da vida de todo ser humano. E, de todas essas etapas, a morte é a única certeza de quem nasceu. Aliás, é como dizem por aí: “para morrer, basta estar vivo”. Mas, apesar disso, falar de morte gera as mais diversas reações nas pessoas. Algumas, por exemplo, fazem o pedido inconformado: “vira essa boca pra lá”; outras batem na madeira supersticiosamente; e há aquelas que dizem: “prefiro não pensar nisso”. Existem também as que, infelizmente, a desejam ardentemente para dar um fim ao seu sofrimento e até tentam antecipá-la, como no caso de quem tenta se suicidar, e as que consideram que ainda têm muito para viver e não querem que a realização de seus sonhos seja interrompida.
Contudo a morte do corpo como a conhecemos não é o maior problema do ser humano, tampouco é o fim. Isso porque, enquanto para o ser humano morrer consiste no fato de que corpo parou de funcionar, para Deus significa separação. E, para entendê-la, é preciso voltar ao Jardim do Éden.
Separados
Quando Deus criou o ser humano, o fez para ser eterno (entenda melhor lendo o boxe da pág. 18). O plano de Deus era ter comunhão contínua com a Sua criação, mas havia uma condição: a obediência voluntária a Ele. Voluntária porque Deus dotou o ser humano com o poder de escolher e não queria ser amado por obrigação. Então, ao escolher obedecer a Deus, o indivíduo estaria mostrando que O amava e confiava nEle. Por isso, Deus ordenou: “… De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.16-17). O resultado todos conhecem: eles comeram o fruto proibido. Ao desobedecerem a Deus, não suspiraram e morreram fisicamente, como se imaginava (pois isso não está descrito na Bíblia). Deus, então, teria voltado atrás em Sua Palavra? Não. Naquele momento, na verdade, eles morreram por causa do pecado, que os levou a serem separados de Deus. Tanto é que o resultado daquela atitude foi a expulsão deles do local onde andavam com o Criador. Afinal, como poderiam continuar juntos se não foram capazes de dar ouvidos ao que Ele havia lhes pedido?
A partir dali, a Humanidade foi gerada longe da Presença de Deus, já que o pecado teve acesso ao mundo e Deus, em Sua Pureza e Santidade, não pode conviver com o pecado. Os seres humanos, então, passaram a estar mortos (separados) e só haveria uma maneira para uma reconciliação: alguém sem pecados morrer no lugar do pecador. Deus, por sua vez, que nunca deixou de amar a Humanidade, deu, então, Seu Único Filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16). Mas veja que essa promessa não é para todos e sim “para todo o que crê”. E aí é que reside um grande problema: você se lembra que no início do texto citamos que Deus fez o homem para ser eterno e já conferiu no quadro da próxima página como isso funciona? Então, quando o corpo físico morre, a alma continua viva por toda a eternidade e é aí que a morte realmente começa ou que a pessoa viverá eternamente.
A morte eterna acontece, na verdade, para quem morre fisicamente sem aceitar o Senhor Jesus como seu Único e suficiente Salvador. Afinal, não faz sentido passar a eternidade ao lado de Alguém com quem a pessoa não quis estar quando ainda estava “viva”. E, se viver separado de Deus aqui neste mundo é a pior escolha que um ser humano pode fazer, continuar dessa forma por toda a eternidade é a pior realidade que ele pode vivenciar, pois será em um tormento eterno. Já a vida eterna será para todos que aceitaram, ainda em vida, o Senhor Jesus. E, para eles, o dia da morte física será o mais feliz de sua existência, pois será a ponte para levá-los a viver para sempre com Deus.
Não é automático
“Nós já somos perdidos e não há obra social ou caridade que você possa fazer que vai te levar para o céu. Se fosse assim, Jesus teria deixado uma lista de boas obras para fazermos e ganharmos crédito para subir depois da morte, mas Ele não fez isso”, esclareceu o Bispo Renato Cardoso em reunião no Templo de Salomão. Ele enfatizou que é claro que “todo salvo vai praticar o bem, fazer boas obras, naturalmente. Mas quem não for salvo não adianta quantas obras boas fizer, porque não vai ser salvo por elas. Está escrito que a Salvação é pela fé e não pelas obras. Fé em quê? Naquele que resolveu o problema do pecado, que é Jesus”. Mas crer não significa simplesmente falar que acredita nEle, como observou o Bispo: “significa você viver a sua vida como uma pessoa que crê de fato em Jesus, o que significa obedecer a Palavra dEle. Isso não é religião, não é igreja A ou B. Isso é o plano de Salvação de Deus para a Humanidade e nesse plano ou você crê ou você não crê. Jesus deixou bem claro em Marcos 16.16: quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
De frente com a morte
Era um dia aparentemente normal em 2005 quando a aposentada Meire Aparecida de Sousa, hoje com 67 anos, foi ao banco retirar dinheiro e fazer o pagamento de suas contas. Quando aguardava na faixa de pedestres para atravessar a rua, ela sentiu alguém tentando abrir sua bolsa e a segurou firme. Ao olhar para trás, percebeu a presença de dois homens e, tentando despistá-los, entrou em uma loja, mas, para sua surpresa, um dos assaltantes a perseguiu. “Entrei em pânico e logo consegui me esconder, mas o rapaz me achou. Ficamos de frente um para o outro e não tinha percebido que ele estava armado. Não pensei duas vezes, virei as costas e saí correndo. De repente, escutei o tiro, mas na hora não senti nada, só percebi que eu estava sangrando muito, porém não imaginava onde o tiro havia acertado”, relata.
Meire foi socorrida e, ao ver seu estado, os médicos, espantados, lhe disseram: “foi assalto, né, menina? Você nasceu de novo, porque esse tiro foi para matar. Faltou pouco para atingir a artéria”. Meire conta que, quando isso aconteceu, ela já frequentava a Universal havia dois anos, mas, como ela mesma afirma, praticava o que era errado. “Eu achava que não era a hora de entregar minha vida por inteiro nas Mãos de Deus. Antes do assalto, eu não pensava o que poderia acontecer se eu morresse, já que eu considerava que estava fazendo tudo certo, mas depois compreendi que era tudo errado. Eu mentia, fumava, bebia e não era fiel a Deus em nada”, conta. Internada no hospital em observação, Meire recorda o desespero que sentiu: “uma sensação de morte e medo. Eu achava que o rapaz iria voltar e acabar de me matar. Eu pensava: ‘meu Deus, não me deixe morrer! Não deixe que eu vá para o inferno’”.
Ao sair do hospital e contar o que tinha ocorrido para sua mãe, que já era cristã, Meire ouviu dela o seguinte questionamento: “minha filha, o que mais você está esperando para entregar a sua vida para Deus?” Após sua recuperação, ela, então, voltou a frequentar a igreja e, alguns meses depois, se batizou nas águas: “tomei a decisão de entregar a minha vida 100% ao Senhor Jesus e foi minha melhor decisão. Morreu a velha Meire e nasceu uma nova criatura”, diz.
Mas, para confirmar a mudança de direção que ela estava dando à sua vida, lhe faltava algo, ou melhor, Alguém: o Espírito de Deus em seu ser. Ela conta como foi essa experiência: “recebi o Espírito Santo e, de lá para cá, minha vida mudou”.
Já passaram 19 anos desde o dia do assalto que quase vitimou Meire. Ela ainda lembra a sensação horrível de quase morrer longe de Deus e reconhece que poderia não ter tido tempo de se reconciliar com Ele: “eu estive próxima da morte e faltou pouco para o diabo levar a minha alma como ele queria, mas Deus teve misericórdia de mim e me deu tempo para que eu enxergasse tudo isso e para que eu restaurasse minha comunhão com Ele. Hoje eu não O troco por nada”.
Morto-vivo
Uma vida sem paz. Era dessa forma que o estivador, hoje aposentado e com 75 anos, Antônio Divino Silva definia a sua existência. Ele diz que, aos 42 anos, perdeu a visão esquerda e, após exames, foi constatado um tumor cancerígeno no local. Ele lembra que, na ocasião, o médico foi enfático: o tratamento seria feito, mas, se não houvesse regressão da doença, o olho teria que ser removido. “Ali, o chão foi tirado dos meus pés e a depressão se aprofundou ainda mais. Eu ficava atribulado, tinha medo de tudo e a minha vontade era não ficar perto de ninguém. Pode-se dizer que eu era um ‘morto-vivo’ e nenhum alimento parava em meu estômago. Eu pesava 38 quilos – 48 a menos do que tenho hoje”, recorda.
Por achar que daria fim ao seu sofrimento, Antônio considerava a morte uma boa alternativa para encontrar a paz, sem saber que, naquela condição, ele viveria o tormento eterno. “Houve um momento em que eu sentia que ia morrer, pois tinha muita fraqueza e achava que já era o meu fim. Mas não tive medo da morte, tanto que tentei o suicídio. Tomei 180 comprimidos tarja preta dissolvidos em água e acabei internado”, conta.
De volta para casa, sua situação ficou ainda pior: ele se isolou totalmente em seu quarto e foi definhando física e emocionalmente, até que perdeu a lucidez. Quando viram que Antônio não falava e não interagia de nenhuma forma, seus familiares acionaram o serviço médico e, depois da realização de alguns exames, ele foi internado na ala psiquiátrica. Ele afirma que estava louco e que os médicos cogitaram que o tumor do olho teria avançado para o cérebro, mas os exames descartaram essa hipótese. Foram oito dias internado com contenção nos pés e nas mãos para que não agredisse a si mesmo ou a terceiros. Foi quando, durante um momento em que os pacientes tomavam sol no pátio, um homem, que fazia um trabalho de capelania, conversou com ele. “Eu não o conhecia e ele falou tudo que eu estava precisando e aquilo entrou em mim. Ele ainda me falou um versículo em que Jesus diz: ‘Eu Sou a luz do mundo; quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida’; e que, ao sair dali, se eu entregasse a minha vida a Deus, eu venceria aquela situação”, relata.
Alguns dias depois daquela conversa e, quando Antônio recobrou totalmente a consciência e recebeu alta, ele foi à Universal buscar a Luz que o tiraria daquela morte. “Eu fiz uma entrega total de toda a minha vida. Minha saúde foi sendo restaurada e fui me libertando da dependência dos remédios controlados, até que não precisei mais usá-los. Casei com uma mulher que está nessa mesma fé e Deus me abençoou em todas as áreas. Enxergo melhor com a vista que estava condenada do que com a que estava boa”, brinca. Mas toda essa restauração só foi possível após a mudança em seu interior promovida pela obediência à Palavra de Deus e pelo Espírito Santo. Hoje, Antônio vê a morte com outros olhos: “vejo a morte como lucro, na certeza da Eternidade com Deus. Me vejo morto para este mundo, mas Cristo vive em mim. Me preparo para a morte mantendo minha comunhão diária com Ele e na esperança da Sua Vontade para minha vida”, afirma.
Qual morte você prefere?
É agora, enquanto está respirando neste mundo, que você poderá escolher a vida que continuará a ter aqui e na eternidade. Com a morte física, a alma não morre, mas não há mais a chance de escolher o destino dela. Pense nisso, pois ninguém sabe o dia e a hora em que partirá deste mundo. “Deus quer a Salvação de todos, mas Ele não vai obrigar ninguém a entrar no Céu. Quem entra no Céu tem que querer. Quem vai entrar no Céu é quem disse, em vida, a Deus: ‘Senhor, seja feita a Tua Vontade’. A pessoa que, em vida, abriu mão da sua vontade para fazer a Vontade de Deus aqui nesta Terra vai entrar no Céu porque ela está mostrando que quer estar com Deus. E quem vai para o inferno? Aquelas pessoas para quem Deus teve que dizer, em vida, seja feita a tua vontade. Deus vai ter que dizer para elas: ‘não é o que eu quero, que você vá para o inferno, mas vai ser o que você quer: seja feita a tua vontade. E Ele vai se separar eternamente dessa pessoa. Você quer fazer a vontade de quem? A sua ou a de Deus?”, alertou o Bispo Renato
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