O plano: desaparecer

Bruna Silva estava em uma situação tão desesperadora que passou a acreditar que a única forma de se livrar do sofrimento era "sumir do mundo". Acompanhe a história dela

Imagem de capa - O plano: desaparecer

A autônoma Bruna Carvalho de Andrade Silva, de 36 anos, conta que, na infância, enfrentou desafios que moldaram toda a sua vida. Aos quatro anos, ela começou a sofrer abusos sexuais, que continuaram até os 13 anos. Também na infância ela passou a ter pensamentos suicidas, impulsionados pelo sofrimento e pelo desejo de acabar com sua dor.

Em um momento de desespero, ela decidiu tomar veneno em casa, mas, como afirma, a misericórdia de Deus fez com que o copo virasse e o conteúdo fosse derramado.

Como muitas vítimas de violência sexual, Bruna se sentia culpada e suja. A depressão e a tristeza a acompanhavam, amplificando a sensação de que sua infância era um tormento contínuo.

“Quando criança, eu não conseguia dormir no escuro, tinha medo constante e sofria com pesadelos terríveis. Minha mãe relatava que eu acordava gritando à noite. Essa infelicidade se estendeu por toda a minha infância, tornando-a um período extremamente doloroso”, diz.

Fuga e desesperança

Bruna se casou com apenas 15 anos, na tentativa de escapar da dor insuportável que sentia. Desse relacionamento nasceu um filho, mas o casamento “era um inferno. Eu não estava bem comigo mesma e, por conta da depressão, jogava a culpa nele”, descreve.
O casamento terminou quando Bruna tinha 17 anos. Depois da separação, ela passou a se relacionar com várias pessoas, mas se sentia suja por causa disso. Ela revela que tomava muitos banhos por dia para se livrar desse sentimento.

“Eu não considerava as consequências dos meus atos. Mergulhei no mundo das festas e da bebida, buscando preencher o vazio e o buraco que sentia dentro de mim”, conta. Foram dois anos vivendo nessa situação, até que ela conheceu Rodrigo José da Silva, policial militar, hoje com 41 anos. Rodrigo a tratou de maneira diferente do que ela tinha sido tratada até então, o que a ajudou a se afastar de alguns comportamentos autodestrutivos que ela tinha.

Os dois se casaram, mas por muito tempo esse relacionamento foi conturbado, e eles se separaram e reataram várias vezes. Bruna ainda passava por momentos críticos: tinha crises de pânico e tentava se matar, inclusive tentou se enforcar com um lençol.

Um dia, com o pretexto de “tomar um ar”, ela pediu que Rodrigo a levasse até uma ponte. Na verdade, a intenção dela era outra: “eu planejava desaparecer. A ideia já estava formada na minha mente. Quando chegamos lá, ouvi uma voz me dizendo que talvez eu encontraria alívio naquele lugar. Eu tentei me jogar da ponte, que é bem alta, e o Rodrigo me segurou no meio do ato, evitando que caíssemos”.

Liberdade

Aquela não foi a primeira vez que Bruna ouviu vozes. A audição de vozes e visão de vultos era algo comum para ela. Além disso, ela costumava se automutilar, na esperança de que a dor física a fizesse esquecer da dor emocional nem que fosse por alguns minutos. “Eu passava noites em claro, não conseguia ficar sozinha, sofria de síndrome do pânico e estava constantemente obcecada pela morte”, revela.

A mudança na vida de Bruna só se concretizou quando seu marido, que é ex-obreiro na Universal, a persuadiu a buscar ajuda em Deus. Para convencê-la, ele disse que, se ela não aceitasse o convite, a internaria em uma clínica psiquiátrica. Com medo, ela aceitou ir a uma reunião.

Ela conta que, na Universal, sentiu a Presença de Deus de maneira intensa e resolveu voltar outras vezes. Em um mês, ela conseguiu parar de tomar os antidepressivos dos quais dependia há anos. Ela também passou a encontrar alívio e paz. “Eu comecei a usar a água consagrada e a obedecer todas as orientações que vinham do Altar. Aplicando essas práticas com muita determinação e Fé, comecei a ver resultados concretos. Minha entrega foi total e, como eu havia sofrido a vida inteira, essa transformação foi ainda mais significativa. Passei a dormir bem, ganhei forças para frequentar as reuniões da Universal e experimentei uma alegria imensa”, diz.

Ela detalha parte de sua experiência: “quando recebi o Espírito Santo, a primeira coisa que ouvi foi Deus me dizendo: ‘minha filha’. Aquilo foi tão grandioso, tão glorioso, que jamais esquecerei aquela voz suave. Naquele momento, com os olhos fechados, parecia que só existiam Deus e eu. Foi uma transformação imensa, pois, até então, sem o Espírito Santo, éramos apenas criaturas de Deus”, conclui.

Desde então, ela se dedica a evangelizar, com a missão de levar outras pessoas a conhecerem o bem que o Espírito Santo quer fazer na vida de cada um de nós. Essa também é a missão da Catedral da Universal inaugurada no dia 25 de agosto em Porto Velho (RO), onde Bruna vive. Se, como Bruna esteve um dia, você está desesperado e precisa de salvação, vá hoje mesmo à Catedral no Estado (avenida Governador Jorge Teixeira, 1.146, no bairro Nova Porto Velho). Ou, busque aqui uma Universal mais próxima de você.

Saiba mais:

Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aquiFolha Universal, informações para a vida!

imagem do author
Colaborador

Kaline Tascin / Foto: Mídia-FJU/Rondônia