No início de setembro, mês dedicado à campanha de valorização à vida, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), lançou a cartilha “Como Falar Sobre Saúde Mental com Crianças e Adolescentes”. A ideia do material é orientar pais e responsáveis sobre como abordar o tema, visto a necessidade de compreender as emoções e promover o bem-estar e a autoestima na infância, prevenindo, então, o suicídio.

Com uma linguagem adaptada conforme a faixa etária, o guia dispõe de dicas práticas para a formação de um ambiente seguro e acolhedor, incentivando o diálogo aberto sem medo de julgamentos.

Na apresentação da cartilha, o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, afirma que o objetivo é “ajudar pais e responsáveis a terem as ferramentas necessárias para que as crianças e adolescentes desenvolvam inteligência emocional, expressem suas emoções, tenham suporte para enfrentarem desafios e busquem apoio quando necessário”.

Falando sobre saúde emocional:

Entre as estratégias criadas especificamente para tratar do assunto com crianças e adolescentes estão:

• usar uma linguagem simples e clara;
• ser aberto e acessível para falar sobre sentimentos;
• usar exemplos concretos, ou seja, ilustrar o assunto com histórias, livros, filmes e desenhos que tornem o tema compreensível de acordo com a idade;
• normalize sentimentos como tristeza, raiva e alegria, todos podem ter momentos difíceis;
• ensine estratégias de enfretamento para que eles lidem com suas emoções;
• incentive a expressão emocional;
• seja um exemplo e mostre como você lida com suas próprias emoções de modo saudável;
• esteja atento aos sinais e mudanças repentinas de comportamento que indique dificuldades emocionais;
• promova a autoestima reforçando as qualidades e conquistas da criança e/ou adolescente;
• procure por ajuda profissional se necessário.

Clique aqui e confira a cartilha na íntegra.

Cuidado necessário:

Não só em setembro, mas durante todo o tempo falar sobre saúde mental e emocional é de extrema importância. De acordo com um estudo feito nos EUA, publicado na revista médica JAMA Pediatrics, entre 2016 e 2020, casos de ansiedade e depressão em crianças e adolescente de até 17 anos, consecutivamente, cresceram 29% e 27%.

Já no Brasil, uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) apontou o crescimento de 36% dos casos no mesmo período.

Diante disso, inserir a educação emocional e o incentivo à valorização à vida se faz necessário.

Procure ajuda:

Se você conhece alguma criança ou adolescente que enfrenta distúrbios emocionais, a Universal oferece acolhimento por meio da Escola Bíblica Infantil (EBI), para crianças de até 10 anos, e do projeto social Força Teen Universal (FTU), dos 11 aos 15 anos de idade.

Não hesite em pedir ajuda, busque aqui uma Universal mais próxima de você, fale com um responsável e conheça os projetos de perto.

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