Diga isso à sua mente
Os pensamentos intrusos surgem sem esforço e geram sentimentos que fazem a alma padecer. Em setembro, o Dia da Troca de Pensamentos propôs não só uma limpeza, mas a transformação que uma Palavra pode trazer
No dia 22 de setembro aconteceu em todas as Universal o Dia da Troca de Pensamentos, evento organizado pelo projeto Depressão Tem Cura (DTC), que oferece apoio espiritual e emocional aos que sofrem com depressão, ansiedade e outros problemas emocionais. No Templo de Salomão, em São Paulo, o encontro foi conduzido pelo Bispo Renato Cardoso, às 9h30.
No programa Entrelinhas, o Bispo já tinha sinalizado que o evento teria “como alvo pessoas que têm muita dificuldade com pensamentos recorrentes de mal, de morte, de ansiedade e a mente acelerada”. Horas antes da reunião, voluntários do DTC atenderam a todos os que, identificados com essa realidade, reconheceram que careciam de ajuda.
No encontro, o Bispo fez uma oração para os que se julgavam oprimidos por pensamentos negativos e, em seguida, compartilhou a passagem bíblica contida em 1 Coríntios 14.15: “O que farei, então? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente”. O Bispo disse que os maus pensamentos vêm para todos e explicou que, se reduzidos, nada mais são do que “vozes e palavras que vêm à nossa mente”.
Ele expôs que, se há pensamentos maus, as palavras que os originam são da mesma fonte. “Esse mundo está cheio de vozes de pessoas, de informações que você consome o tempo todo nas redes sociais, de memórias”, citou. Se não forem freadas, essas palavras ocupam espaço na mente “sem pagar aluguel. Logo, você não deve deixar que os maus pensamentos recitem na sua mente”.
Reposição
Repor as más palavras que formam os maus pensamentos pelas Palavras de Deus, ensinou o Bispo, é a melhor tática para vencê-los, pois dEla emanam “pensamentos de Fé e de força”, ressaltou. “Você tem que incorporar a Palavra de Deus à sua vida. Vir à Igreja é importante, porque você ouve a Palavra de Deus, mas não é o suficiente: você tem que ter sua vida com Deus fora da Igreja também. (…) Substitua esse bombardeio de palavras e vozes de sua mente pela Voz de Deus, pela Palavra de Deus”, orientou.
Ponto final
O nono mês do ano é conhecido como Setembro Amarelo, período dedicado à prevenção do suicídio e que, de certa forma, aborda a questão da saúde mental. Contudo acompanhamento profissional e toda boa intenção do mundo, infelizmente, nem sempre são suficientes para que as pessoas superem os problemas que atingem sua mente. Foi o que aconteceu com o fresador do setor aeronáutico William Cristiano de Oliveira, de 38 anos, e com a médica veterinária Maria Carolina Baptista Oliveira, de 25 anos. O sofrimento deles só teve fim quando, há três anos, eles conheceram o projeto Depressão Tem Cura. “Eu sofria com síndrome do pânico e pensava que fosse morrer a qualquer momento”, disse William, que mencionou que crises matinais eram constantes quando estava no trabalho. “O desespero era muito grande. Meu coração começava a bater forte e sentia falta de ar. Eu gritava por socorro”, descreveu.
A “tranquilidade” de William foi conquistada à base de calmantes, que camuflavam a situação, até que ele foi afastado do trabalho. “Com acompanhamento psiquiátrico veio o diagnóstico final de síndrome do pânico em estágio avançado. Cheguei a ficar acamado, pois não tinha mais vontade de comer.”
Já Carolina, como é conhecida, conta que desde muito nova carregava complexos: “sofri bullying e me tornei uma pessoa extremamente insegura. Eu até queria ter acompanhamento psicológico, mas, quando falava com meus pais, eles diziam que era frescura. Então, eu acabava me fechando no meu mundo. Por vezes, eu dormia 12 horas seguidas. Não era preguiça. Eu não via o porquê das coisas”, expôs.
Por conta dos problemas, Carolina e William pensavam em sair do Brasil para tentar mudar de vida quando passaram em frente ao Templo de Salomão e decidiram entrar. Ao serem abordados por voluntários do DTC, eles perceberam que precisavam de ajuda. “Comecei a entender que o que eu tinha não estava limitado só à medicina e que havia também um problema espiritual”, afirmou ele.
Hoje, eles não têm recaídas e estão transformados. Segundo William, “a síndrome do pânico e a depressão têm, sim, solução e o apoio do grupo foi fundamental para estarmos aqui”, finalizou. Saiba mais sobre a iniciativa no perfil no Instagram @a.depressaotemcura.
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