Em outubro o mundo fica cor-de-rosa

Conscientização, autocuidado e diagnóstico cada vez mais precoce são destaques do mês que coloca os cuidados com a saúde da mulher como prioridade

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Todos os anos, em todo o mundo, mais de 2 milhões de mulheres são afetadas pelo câncer de mama. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que mais de 70 mil casos serão diagnosticados anualmente, confirmando o câncer de mama como a neoplasia com maior recorrência entre as mulheres – correspondendo a 30% dos cânceres registrados entre as brasileiras. E, por isso, o mês de outubro ganha tons de rosa e é dedicado à conscientização para o assunto.

“Quando falamos de câncer de mama, falamos de uma doença genética, como qualquer outro tipo de câncer. No entanto, apesar de poder ser hereditário, a maioria dos casos está associada aos maus hábitos que a paciente adquiriu ao longo da vida”, cita Túlio César, oncologista clínico.

Iniciativas de conscientização, como a campanha Outubro Rosa, encorajam mulheres a buscar orientação médica e a incluir os exames preventivos em sua rotina. Em relação a isso, o ginecologista, cirurgião oncológico e mastologista Caetano Cardial lembra que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura em 90%: “a prevenção é a melhor arma contra o câncer e as mulheres devem estar conscientes de que a realização de consultas e exames é fundamental para a detecção precoce ou a prevenção da doença. O câncer de mama é mais comum depois dos 40, 50 anos, enquanto o câncer de colo de útero afeta principalmente mulheres entre os 30 e os 50 anos. Muitas vezes, é possível identificar alterações que precedem o desenvolvimento dos tumores e que podem ser tratadas antes que o câncer se desenvolva”.

Esse tipo de conscientização é essencial, inclusive, por parte das mulheres mais jovens. “O câncer de mama em mulheres com menos de 35 anos é menos comum, mas a incidência está crescendo. As mutações genéticas hereditárias, a obesidade e os fatores hormonais podem aumentar o risco”, comenta a mastologista Roberta Miziara.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta que, antes, 2% dos casos da doença ocorriam em mulheres abaixo dos 35 anos. Agora, a incidência entre elas é de 4% a 5% dos casos. O motivo? “Aspectos associados aos fatores de risco, que têm relação com estilo de vida, estão mais presentes. Menor número de filhos, gestação mais tardia e alimentação inadequada, associados à correria do dia a dia, podem estar influenciando no aparecimento de tumores de mama em mulheres mais jovens”, destaca a SBM em seu portal. Por isso, aproveite as informações do infográfico abaixo para se conscientizar.

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Colaborador

Laís Klaiber / Arte: Edi Edson