Faculdade da Bélgica afirma que aquecimento global é culpa do “homem branco, cristão e heterossexual”
A afirmativa gerou polêmica. Entenda
Uma prestigiada Universidade da Bélgica afirmou que o “homem branco, cristão e heterossexual” é o responsável pela causa do aquecimento global no planeta.
Entenda o caso:
A Universidade de Liège, uma das principais instituições de ensino da Bélgica, introduziu um curso obrigatório para todos os seus alunos, com foco em sustentabilidade e ecologia.
A proposta do curso é sensibilizar os estudantes sobre os desafios ambientais e sociais globais.
No entanto, o curso gerou polêmica por afirmar, em sua descrição original, que o “homem branco, cristão e heterossexual” seria o principal responsável pela degradação ambiental.
“Hoje existe um consenso científico sobre a deterioração das condições habitáveis da Terra e sobre a responsabilidade do homem. Seria a ação de uma espécie que poderia fazer as pessoas acreditarem que a origem da mudança é a humanidade quando se trata do homem ‘ocidental’ branco, cristão e heterossexual. Evitemos assim esconder as profundas desigualdades relativas às responsabilidades intrínsecas ante as perturbações ambientais em escala planetária”, diz o site da Universidade de Liège.
O que você precisa saber:
O curso “Sustentabilidade e Transição” foi criado, a fim de educar os alunos sobre questões ecológicas e sociais, destacando a responsabilidade da humanidade em relação à deterioração ambiental.
Porém, a descrição original do curso atribuiu a responsabilidade da crise ambiental principalmente ao “homem ocidental”, o que gerou críticas intensas.
Diante da polêmica, a universidade chegou a alterar a descrição do curso, contudo, este curso continuou em vigor.
O que analisar:
O assunto gera ainda mais controvérsias e críticas pelo fato de que especialistas ressaltam que a China é, atualmente, o maior emissor de CO₂, responsável por 31% das emissões globais, levantando questionamentos sobre a abordagem da universidade em focar no “homem ocidental”.
É importante considerar as diferentes perspectivas sobre quem são os maiores responsáveis pela crise climática. Enquanto o curso abordou desigualdades históricas, países como a China têm um papel significativo nas emissões globais.
Por fim, a alteração no texto da universidade não resolveu a controvérsia. A questão a ser analisada é como o curso pode contribuir para o entendimento global da sustentabilidade, sem simplificar as responsabilidades de maneira polarizada.