Vacinação em dia

Conheça o Calendário Nacional de Vacinação e aprenda como você e sua família podem se proteger

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O Brasil é referência internacional quando o assunto é vacinação. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), formulado em 1973, é o mais antigo das Américas, foi pioneiro e responsável pela erradicação de diversas doenças.

O Dia Nacional de Vacinação, celebrado em 17 de outubro, é um lembrete da importância de adotar essa atitude, pois, nos últimos anos, o fato de as pessoas não se vacinarem levou o País a voltar a ter casos de doenças que não eram mais registradas por aqui há muito tempo.

Para Renato Kfouri, infectologista, pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), um exemplo é a volta do sarampo, o que causou a perda da certificação de eliminação da doença, em 2018. “Houve a reintrodução da doença em função de casos importados da Venezuela e de Israel. Tivemos a recirculação dela porque não fizemos nossa lição de casa direito. O próprio sucesso das vacinas vem fazendo com que as pessoas e até alguns profissionais da saúde percam um pouco essa percepção de risco, porque as doenças viraram ‘algo do passado’. Consequentemente, essa sensação de não ameaça relaxa a busca pela prevenção”, analisa.

Entretanto, Kfouri crê que o PNI é um dos programas de maior sucesso mundial. “Isso ocorre não só pelo número de vacinas que foi incorporado a ele nas últimas décadas, mas o Brasil, pelas suas dimensões continentais e pela sua enorme população, com áreas de difícil acesso, conseguir todos esses feitos de forma gratuita, universal, dentro do SUS [Sistema Único de Saúde], com altas coberturas, com todas as dificuldades logísticas de levar a vacina a esses diversos cantos do País, realmente é incomparável com todo o resto do mundo”.

Ele afirma que o Brasil possui mais de 36 mil salas de vacinação para cumprir o Calendário Nacional de Vacinação (leia mais na arte ao lado). “O PNI é desenhado para obter sempre o melhor resultado para a criança, para o adolescente, para o adulto, para o idoso, para a grávida, para o profissional da saúde, para a saúde indígena, para aquele que viaja e para quem tem doenças crônicas ou algum comprometimento do sistema imunológico. Não há uma idade sequer em que não existam vacinas indicadas e recomendadas para a prevenção de doenças”.

Por isso, Kfouri rechaça quaisquer desconfianças infundadas em relação à eficácia das vacinas oferecidas: “é mais importante que, além das campanhas de vacinação, a vacinação de rotina seja feita nas idades corretas. Não há nada pior do que uma criança ou um adulto doente, internado, hospitalizado em UTI e às vezes até que venha a falecer ou ficar com uma sequela por simples falta de uma única vacina, de uma única injeção que poderia ter evitado uma meningite, uma coqueluche, uma covid-19”. Ele faz mais uma advertência: “contra o arrependimento, ainda não inventaram nenhuma vacina”.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson