Em setembro, o grupo Calebe Universal promoveu a terceira edição do movimento social Ajudar Faz Bem no Brasil e em mais 69 países. Com apoio de cerca de 18 mil voluntários ao redor do mundo todo, a iniciativa ofereceu assistência a 8,5 mil idosos que vivem sozinhos. Esses integrantes os ajudaram nas tarefas diárias, além de oferecer companhia e, com isso, melhorar a qualidade de vida deles.

Dependendo da necessidade, o programa social também fez doações para os mais necessitados. Ao todo, foram entregues 16,6 mil fraldas geriátricas, 8,5 mil cestas de frutas, 5,3 mil cestas básicas, 5,2 mil produtos de limpeza, 4,8 mil produtos de higiene e 3,3 mil peças de roupas.

Somente no exterior, foram oferecidos 5,2 mil chás da tarde, 4 mil almoços, 2,3 mil serviços de cuidado com a beleza, 2,2 mil atendimentos de saúde, 1,2 mil higienizações dos lares e 1,1 mil cafés da manhã.

O responsável pelo Calebe Universal em Campos dos Goytacazes (RJ), Cristóvão Silva, acompanhado por outros integrantes, foi à residência de Francisca Rosário, de 77 anos, e ofereceu atendimentos de beleza, enfermagem, podologia e limpeza dos cômodos. Para ele, o importante nesse tipo de ação foi “promover um dia diferente para as pessoas idosas que não têm condições físicas de organizar suas casas”.

A cearense Zilma da Silva, de 68 anos, mora sozinha há 13 anos e foi uma das beneficiadas pelo Ajudar Faz Bem. Ela conta sua experiência: “foi muito gratificante receber a visita do Calebe Universal. Como moro sozinha, me sinto triste e essa visita foi muito importante, pois nos traz ânimo e dá forças”.

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, publicado na revista BMC Medicine, revelou que a solidão pode afetar a expectativa de vida de pessoas idosas: as que não têm contato social e relatam que nunca recebem visitas apresentam um risco 39% maior de morte, em comparação a indivíduos da mesma faixa etária, sexo e condição de saúde, mas que possuem mais conexões sociais.

Cultura e interação social

Além de oferecer cuidados, o programa social também promove a cultura e a interação social por meio de eventos, cursos e até visitas a parques, museus, zoológicos, centros históricos e diversos pontos turísticos, como o Museu do Ipiranga (SP), o Parque Madureira (RJ) e o Parque Zoobotânico Arruda Câmara (PB).

Para a voluntária Elisangela Ribeiro, essas atividades trazem benefícios aos idosos, como “distração, descanso e reflexão”, pois muitos ficam em casa sem fazer nada, enquanto outros acabam cumprindo tarefas em excesso. Além disso, ela acredita que é importante tirá-los de seus lares, pois, em alguns casos, isso pode levar a “doenças e comorbidades e proporcionar esses passeios é muito importante para a saúde deles”.