Ela recebeu uma herança maldita

Conheça a história de Cristiane Ferreira e saiba como ela quebrou a maldição que existia em sua vida

Imagem de capa - Ela recebeu uma herança maldita

Quando nasce uma criança, os pais, normalmente, desejam dar o melhor àquele ser frágil e indefeso. Por acreditarem que estavam fazendo um bem à filha, os pais da autônoma Cristiane Roberta Ferreira, de 48 anos, movidos pela religião que seguiam, a ofereceram a espíritos assim que ela nasceu.

Cristiane conta que cresceu frequentando essa religião: “minha madrinha levou meus pais para lá e ela sempre me dizia que, quando morresse, me deixaria uma herança. Como eu era criança, achava que seria
a casa dela. Nunca imaginei que seriam os demônios aos quais ela servia e, quando descobri, tive medo e passei a evitá-la”.

Cristiane tinha 12 anos quando seus pais abandonaram aquela religião. Naquela época, o alcoolismo do pai e a miséria em casa contribuíam para a desestruturação da família e, por isso, eles buscaram ajuda na Universal. “Frequentando as reuniões e fazendo os propósitos de fé e libertação, meu pai se livrou dos vícios e nossa vida foi sendo abençoada”, revela. Apesar disso, ela relata que nunca “pegou firme na Igreja” e, aos 16 anos, parou de ir às reuniões.

O inferno e o altar

Aos 17 anos, ela soube do falecimento de sua madrinha. Ela conta que a partir desse dia sua vida passou a ser repleta de perturbações. “Passei a ouvir os espíritos falando comigo e foi quando comecei a beber quase todos os dias, mentia para os meus pais e ‘matava’ aulas para ir às baladas. E eu incorporava vários demônios. Eu não tinha controle.”

Ela afirma que muitas vezes esses demônios a dominavam quando ela estava na rua e conhecidos precisavam levá-la para casa, onde seus pais oravam por ela. “Eu desmaiava e quando voltava não tinha consciência de quem eu era. Eu me sentia como se fosse uma andarilha. Eu estava enlouquecendo e meu sofrimento piorava a cada dia.”

Um dia ela passou mal em casa, apesar de não ter ingerido bebida alcoólica, e foi levada ao hospital. “Me levaram desacordada e os médicos me consideraram morta. Meu pai entrou na sala e um lençol cobria meu corpo. Eu ouvia tudo, mas não conseguia me mexer. Meu pai fez uma oração e foi quando consegui me mover. O diabo dizia que eu era dele e que me mataria”, afirma.

Cristiane não tinha paz, era triste e cheia de mágoas. “A mágoa era principalmente dos meus pais por eles terem me oferecido aos espíritos. Minha mente era perturbadíssima pelas vozes dos demônios. Na tentativa de ser feliz, eu bebia muito, mas logo o efeito do álcool passava e a tristeza tomava conta de mim de novo. Eu não conseguia nem dormir direito e, às vezes, os espíritos tinham relações sexuais comigo. Nessas horas eu não conseguia emitir nenhum som nem me mexer. Era desesperador”, diz.

Apesar de viver nesse estado, ela tentou se relacionar amorosamente e experimentou várias frustrações, mas se recusava a buscar ajuda espiritual. Seus pais, porém, perseveravam em oração por ela. Contudo, certa manhã de domingo de 2006, após recusar vários convites para voltar à Universal, ela decidiu retornar.

“Minha fase de libertação foi uma guerra espiritual”, revela. Ela afirma que muitas vezes ainda era controlada por “legiões de demônios”, além de ter vergonha e ser orgulhosa. “Mas, quando me lancei na fé da Fogueira Santa em busca de libertação e da quebra da herança maligna, subi no Altar de um jeito e desci me sentindo leve. Ali tive a certeza da minha libertação”, ressalta.

Ela conseguiu se libertar quando entendeu que não bastava que as forças do mal fossem expulsas. Era preciso que o Espírito Santo habitasse nela para que fosse blindada contra os espíritos que a atormentavam. Ela declara que a primeira grande mudança foi passar a ter paz e alegria. As perturbações cessaram, a relação amorosa que estava próxima do fim foi reestruturada, se tornou um casamento sólido e, hoje, o casal participa do grupo Evangelização Universal Brasil (EVG).

“Eu perseverei na fé, resisti ao mal e venci o orgulho e a vergonha. Busquei a Presença de Deus com todas as minhas forças, fui batizada com o Espírito Santo e a minha vida foi abençoada em todas as áreas. Hoje sou feliz. O Espírito Santo me sustenta, me ajuda e passo para os que sofrem como um dia eu sofri o que Ele fez na minha vida”, finaliza.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Thais Teles