Condenada por vários diagnósticos psiquiátricos

Fernanda de Souza Araújo passou a tomar remédios controlados ainda na infância, mas só encontrou a saída para seus problemas na fé

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A agressividade e a dificuldade em lidar com as emoções levaram a gerente administrativa Fernanda de Souza Araújo, hoje com 26 anos, a tomar remédios controlados ainda na infância. “Com cinco anos, comecei a fazer tratamento psiquiátrico porque o meu comportamento não era considerado normal para uma criança”, diz. Todo o acompanhamento médico, no entanto, parecia não surtir o efeito desejado. “Na adolescência, aos 14 anos, eu me sentia completamente vazia, angustiada e era muito ansiosa, a ponto de chorar sem motivo.”

Condenada por vários diagnósticos psiquiátricosNa tentativa de se preencher, ela passou a consumir bebidas alcoólicas com frequência, além de experimentar o cigarro e outras drogas. “Mesmo assim, eu seguia fazendo os tratamentos e a dosagem dos remédios ia aumentando. Aos 17 anos, a minha situação piorou e passei a ter crises de ansiedade quase todos os dias. Eu procurei vários médicos e psicólogos e fiz muitos exames, até que eles me diagnosticaram com depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de bipolaridade, compulsão alimentar e insônia. O pior foi saber que eram doenças que não tinham cura. Isso mexeu com a minha cabeça e a vida perdeu o sentido para mim.”

Em meio ao sofrimento, ela passou a questionar a Deus o porquê de tudo aquilo. “Eu conhecia um pouco da Palavra de Deus e sabia que, se fizesse algo contra mim mesma, iria para o inferno, então pedia para que Ele me levasse”, conta.

Sede de mudança

Em busca de um refúgio para lidar com tantos conflitos, Fernanda começou um relacionamento, mas encontrou novos problemas. “Vivíamos em meio à traição e ao ciúme. Então, passei a ter muita raiva, ódio, mágoa e comecei a ter surtos. No começo, eu conseguia controlar, mas, depois de um tempo, eu não conseguia mais e passei a ter medo de machucar as pessoas porque eu saía de mim. Em um desses episódios, eu estava no hospital e comecei a me debater, a bater minha cabeça e minhas mãos na parede e a gritar, até que os médicos me deram calmante”, relata.

Para sua própria proteção, ela diz que vivia sob efeito de remédios. “Eu comecei a pensar que o inferno era aqui, que eu já estava vivendo no inferno. Então, começaram as tentativas de suicídio”, lembra. Foram várias tentativas, até que ela buscou ajuda na Universal. “Eu já conhecia o trabalho da Igreja e passei a frequentar as reuniões, larguei o pecado, a mágoa, todos aqueles sentimentos ruins e me batizei. A minha vida melhorou, mas eu não acreditava que poderia ser curada das doenças psiquiátricas”, comenta.

Ainda dependente de remédios, Fernanda não se lembrava das coisas que fazia. “Um dia, amanheci cercada por bebidas alcoólicas e não me lembrava de nada. Eu não aceitei aquela condição e me lancei por completo, joguei os remédios fora e, em uma oração, falei com Deus que, a partir daquele momento, eu dependia dEle. Fiquei sem dormir alguns dias e resolvi ir à igreja, onde recebi uma oração. Na hora eu me senti bem e, desde então, nunca mais precisei de nenhum remédio. Fui curada”, afirma.

A libertação foi seguida pelo desejo de conhecer o Espírito Santo, o que a levou a uma busca para ser preenchida por Deus. “Hoje eu tenho a paz e a felicidade que nunca imaginei que seria possível ter. Deus transformou completamente a minha vida. Eu ainda tenho lutas e provações, mas Deus está comigo sempre e Ele cuida de tudo”, conclui.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Demetrio Koch e Arquivo Pessoal