Arritmia Cardíaca: quando o coração está em descompasso
Esses distúrbios cardíacos são a causa da morte de milhares de brasileiros por ano, mas também podem desencadear outras doenças
Arritmia cardíaca é o nome dado à alteração no ritmo ou na frequência dos batimentos do coração. Segundo dados levantados em 2023 pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), ela afeta cerca de 20 milhões de pessoas no País e é a causa de mais de 320 mil mortes súbitas ao ano no Brasil.
O cardiologista Ricardo Contesini, especialista em arritmia e morte súbita, explica que esse tipo de óbito é uma ocorrência “em que uma pessoa saudável ou aparentemente saudável falece de maneira repentina e sem sintomas prévios evidentes, geralmente dentro de uma hora depois do início dos sintomas. Esse evento está frequentemente associado a problemas cardíacos”.
De acordo com a Sobrac, a fibrilação atrial (causada pela arritmia cardíaca) é o motivo de 20% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) no mundo e a arritmia aumenta, em média, cinco vezes o risco da pessoa sofrer um AVC.
Contesini ressalta que a aceleração no coração pode ocorrer por vários motivos, como a prática de exercícios, levar um susto, estar submetido a estresse e a desidratação, entre outros. “Quando essas acelerações surgem acompanhadas de descompasso e com sintomas associados podemos
caracterizá-las como arritmias”, diz.
É possível previnir
As mortes e os agravamentos causados pela arritmia podem ser evitados se tratados precocemente. Para isso, Contesini indica procurar um médico com urgência ao perceber que está com arritmia, mesmo que ela passe após alguns minutos ou pareça um caso isolado. Ele também afirma que a melhor maneira de preveni-las é adotar um estilo de vida saudável, que inclui a prática de exercícios regulares, a alimentação equilibrada e o sono de qualidade, além do controle do estresse e da ansiedade. “Evitar o abuso de álcool e de estimulantes e eliminar o hábito de fumar também ajudam no controle das arritmias. Além disso, é essencial fazer acompanhamento médico, principalmente se a pessoa já apresentou algum episódio de arritmia ou se tem fatores de risco para desenvolvê-las”, conclui.
Para entender mais sobre a doença, confira a ilustração abaixo.
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