Sua vida velha por uma vida nova: aceita a troca?
É possível começar de novo depois de muitos erros e fracassos, mas há uma condição para que essa atitude tenha resultado
“Ah, se eu pudesse nascer de novo e fazer tudo diferente.” Possivelmente, esse é um pensamento que você já teve ou até está tendo neste momento. Talvez, diante das escolhas erradas que fez ou de uma trajetória cheia de fracassos, o seu desejo seja recomeçar, só que, desta vez, do jeito certo. E, caso você tenha alguma dúvida, saiba que isso é possível, sim, mas a única saída providenciada pelo Próprio Deus para que isso aconteça é: nascer de novo.
Nascer de novo não significa continuar vivendo de acordo com as regras deste mundo ou como julga que deve viver (mesmo porque você já estava fazendo isso). Este Novo Nascimento tem como principal objetivo dar à pessoa acesso ao Reino de Deus e a condição para viver nele. No entanto viver neste Reino significa viver de acordo com a Palavra do seu Soberano, a saber, Deus. Somente assim você será capaz de alcançar uma nova vida repleta de paz interior e com propósito.
No capítulo 3 do Evangelho de João, o Senhor Jesus explicou como isso seria possível: “Na verdade, na verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (…) Na verdade, na verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo (João 3.3-7). Entretanto como seria possível este Novo Nascimento, sendo que é impossível voltar para o ventre da mãe depois de já ter nascido? O Bispo Renato Cardoso, durante o programa Inteligência e Fé, transmitido pela Rede Aleluia de rádio, explicou esta passagem. Ele disse que, quando o Senhor Jesus falou que é necessário “nascer da água e do Espírito”, ele fez referência, primeiramente, ao batismo nas águas, que é a atitude tomada pela pessoa ao reconhecer que é pecadora e ao se arrepender. Ao descer às águas batismais, ela está enterrando, simbolicamente, a velha vida e o seu velho eu e, ao emergir das águas, ela nasce para uma nova vida, desta vez com Cristo. “Quando a pessoa é batizada nas águas, ela busca a partir de então ser habitada pelo Espírito Santo e por isso se diz ‘nascer da água e do Espírito’. Então, ela passa a ter novidade de vida”, esclareceu o Bispo. É dessa forma que é possível começar do zero, como fizeram as pessoas cujas histórias você lerá a seguir.
Andando em novidade de vida
Aos 21 anos, o analista de sistemas Edson Morais, hoje com 49 anos, sofreu um acidente de moto enquanto passava por uma rodovia movimentada de São Paulo, quando trabalhava como motoboy. Ele relata como isso aconteceu: “uma pessoa atravessou a rodovia de repente e, quando vi, eu já estava em cima dela. Segurei no guidão da moto, mas não deu tempo. Eu bati nela, voei da moto e caí com as costas no chão. Ao cair, a mochila que eu carregava quebrou minha coluna e, quando tentei levantar do chão, a medula foi esmagada”, conta. Em seguida, o serviço de resgate chegou, ele foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia delicada. Ao acordar, ele notou que já não andava mais e a psicóloga do hospital falou que ele dependeria para sempre da cadeira de rodas. “Meu chão desabou de tristeza e de angústia. Como eu já era pai de família, pensei como cuidaria dos meus filhos. Eu tinha acabado de sair de uma separação e de perder meu pai e minha mãe tinha saído de um luto, então, eu queria morrer, só dormia e não queria acordar. Era só choro”, descreve.
Edson dependia da ajuda dos primos e da irmã para cumprir as atividades mais simples do dia a dia, como tomar banho e se vestir, enquanto a irmã trabalhava para sustentar a casa. Foi quando alguns membros da Universal foram à sua casa e, durante a visita, oraram por ele. Depois, passaram a buscá-lo com um veículo para levá-lo à igreja, inicialmente para as reuniões de cura e libertação, e, com o passar do tempo, ele foi desenvolvendo a fé e a confiança. Então, Edson renovou sua carteira de habilitação, desta vez para a categoria PCD (pessoa com deficiência), e comprou um carro adaptado para sua condição, o que possibilitou que ele fosse quase todos os dias à igreja com um único objetivo: ser curado. A concepção de Edson, segundo conta, é que, se não fosse curado, para quê Deus iria querê-lo? Até que ele ouviu do Pastor que, enquanto muitas pessoas só desejavam alcançar bênçãos físicas, Deus queria dar a maior de todas as bênçãos, que é o Espírito Santo, e que não adiantava nada ele conseguir curar o corpo e o interior permanecer em trevas. “Então, eu pensei: ‘tenho que mudar o foco. Eu estou focando errado. Primeiro, tenho que focar na minha Salvação, no Espírito Santo, porque se eu O tiver, eu terei tudo, independentemente de eu estar andando ou em uma cadeira de rodas”, relembra.
Assim, Edson decidiu ter uma nova vida. Ele se batizou nas águas e não mediu esforços para receber, naquele corpo aparentemente limitado, o Espírito de Deus. “Hoje, com o Espírito Santo, eu tenho paz, durmo e não tenho complexos. Tenho dificuldades, mas Deus me supre em todas elas e não me desampara. Trabalho em uma empresa multinacional de tecnologia e fui presenteado por Deus com uma esposa que não olhou para a minha deficiência, me ajuda, me compreende e é minha outra metade. Até certo momento, quando o Espírito Santo me chamava para fazer a Obra, eu me questionava como seria fazer isso em uma cadeira de rodas e orar pelas pessoas, mas depois já pensava que, quando Ele quer nos usar, nada pode impedir isso. E hoje, pela misericórdia de Deus, sou obreiro. Muitos não têm deficiência nas pernas, mas andam por caminhos tortuosos em meio às trevas. Eu não ando fisicamente, mas ando espiritualmente pela Fé, no caminho da Salvação”, conclui.
Uma nova vida, um novo Pai
Roseli Teixeira, de 51 anos, também percebeu que desejava uma nova vida. A infância e a adolescência dela foram marcadas pela violência do pai. “Eu não me recordo de um dia sequer que não tivesse brigas na minha casa. Por diversas vezes, desejei a morte dele, pensando que, se ele morresse, aquilo tudo acabaria”, conta. Cansada da situação, aos 16 anos, Roseli e sua irmã saíram de casa. Alguns dias depois, ao voltarem para pegar algumas peças de roupa, foram surpreendidas pela reação do pai, que quase causou uma tragédia na família. Ela descreve o que aconteceu: “ele pegou o revólver, nós corremos dele e eu ouvi, por duas vezes, ele apertando o gatilho, mas a arma travou e não disparou nenhuma bala. Foi um livramento”. Alguns meses depois, elas voltaram para casa por não terem onde morar, mas a rotina de brigas continuou. “Meu pai batia em todo mundo e aquilo foi criando em mim um ódio muito grande por ele, a ponto de eu não considerá-lo e nem chamá-lo de pai. Eu me referia a ele como ‘aquele homem’”, diz.
Dois anos depois desse acontecimento entre o pai, ela e a irmã, uma tia dela a convidou para participar de uma reunião na Universal. Depois de muita insistência dela, Roseli aceitou o convite. “Eu senti paz, tranquilidade e uma satisfação na alma que na época eu não sabia o que era. Lembro que disse a mim mesma: ‘eu não sei o que é isso, mas eu nunca mais saio desse lugar’”, revela. À medida que frequentava as reuniões, ela entendeu quem estava por trás de todo o sofrimento dela e da família e constatou que, para ter uma nova vida, ela precisaria se limpar de tudo que estava ligado à velha vida. “Eu sabia que tinha que perdoar o meu pai e eu nem falava mais com ele. Nesse período, não morávamos mais na mesma cidade e, então, fui ao encontro dele e pedi perdão. Eu entendi que tinha que deixar de praticar coisas erradas e, principalmente, limpar o meu coração daquela mágoa. Eu fiz isso. Me batizei nas águas para selar o meu arrependimento e não tive dificuldade de tomar essa atitude porque realmente vi que era a resposta de todos os meus pedidos feitos a Deus sem mesmo tê-Lo conhecido antes. Eu desejava muito ter uma nova vida, mas não sabia como mudar. Então, quando conheci o Senhor Jesus, vi o caminho. Eu não aguentava mais aquela vida”, diz.
Ela reconhece que a mudança não foi fácil, mas a vontade de poder começar uma vida diferente a motivou a fazer o sacrifício necesário. “Eu estava indo por um caminho e passei a ir por outro, um caminho que eu não conhecia, mas, à medida que aprendia, eu o praticava. O meu maior sacrifício foi ir contra aquela pessoa que eu tinha me tornado e o dia que recebi o Espírito Santo foi o mais glorioso para mim”, afirma. Há 33 anos vivendo uma nova história, Roseli, segundo diz, é consciente de que, se não fosse o Senhor Jesus, provavelmente ela não estaria viva. “Tenho várias lutas, mas o Espírito Santo me direciona, me mostra como proceder e o caminho a seguir. Vou em frente de fé em fé”, conclui.
A melhor troca
Se você não quer mais essa vida cheia de dor e sofrimento que você tem levado, a solução é fazer uma troca simples, mas que requer disposição e sacrifício. “Se você pegar essa vida que está toda acabada, destruída e entregar para Deus e disser a Ele: ‘eu não quero mais viver do jeito que estou vivendo’. Se você pegar essa vida e decidir morrer para ela, for às águas do batismo e disser para Deus: ‘Senhor, eu quero morrer. Quando eu descer nessas águas, eu quero que o velho eu, a pessoa que eu sou desde o ventre da minha mãe até hoje morra e, quando eu subir dessas águas, quero nascer de novo. Essas águas serão o ventre, não da minha mãe, mas o ventre do meu Pai celestial e eu vou nascer de novo. Quero ser agora habitada pelo Teu Espírito e não pelas minhas ideias’. Então, se você tomar essa decisão, você nasce de novo e começa uma nova vida e quem está falando isso é o Senhor Jesus. A oportunidade, a porta, está aberta para quem quiser. Você quer ter uma nova vida? Então pegue sua vida velha, entregue-a a Deus e aceite as condições da nova vida”, finalizou o Bispo Renato.
Saiba mais:
Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Folha Universal, informações para a vida!