thumb do blog Núbia Siqueira
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Os outros até podem ser abençoados, só não podem ser mais abençoados do que nós

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Imagem de capa - Os outros até podem ser abençoados, só não podem ser mais abençoados do que nós

Desde o início da criação, o ser humano tem essa inclinação para conflitar com seu irmão. Abel e Caim, Isaque e Ismael, Jacó e Esaú, José e seus irmãos, Moisés, Arão e Miriã, Davi e seus irmãos, o filho pródigo e seu irmão.

Está na nossa natureza desejar o mal ao próximo, mas isso, às vezes, só fica evidente quando o próximo “é mais abençoado do que nós”, recebe uma posição “melhor do que a nossa” ou é reconhecido “no nosso lugar”.

Enquanto o filho pródigo vivia com o pai e o irmão, aparentemente, não havia conflito, pois os dois estavam na mesma posição. Depois, um dos filhos vai embora levando a herança. Creio que o outro irmão ficou feliz, pois viu ali uma oportunidade de tirar vantagem da situação, pois tudo que havia ali passaria a ser dele. Não teria mais ninguém com quem estivesse obrigado a dividir os bens, que continuavam a ser gerados diariamente pelo ofício do pai.

Mas, quando o irmão volta, aquele homem fica revoltado porque conhecendo a bondade do pai, provavelmente, pensou: “o filho do meu pai já havia tomado a parte dele da herança, mas agora com a sua volta, meu pai vai dar da minha parte para ele, o bezerro que ele matou é a prova disso”.

Ele era um interesseiro. Achava que era o dono de tudo que havia ali, mostrando o quanto desprezava o pai, pois não reconhecia nele a autoridade para fazer com os próprios bens o que quisesse e rejeitava também o amor e o privilégio que tinha por fazer parte daquela família.

Ver a bondade do pai para com o seu irmão o irritou profundamente, porque ele queria sobressair, mas lá estava o irmão novamente para o ofuscar.

Aquela festa, as vestes novas, o bezerro morto para celebrar a volta do irmão, penderam na balança da justiça que ele inventou na própria cabeça. Era como se o irmão tivesse recebido 51% dos bens e ele somente 49%. Aí começa a ira do “irmau”.

Não bastam todas as bênçãos recebidas, ele quer mais, ele quer as bênçãos do seu irmão! Os outros podem até ser abençoados, só não podem ser mais abençoados do que ele!

Quando Deus não age de acordo com o que prevemos e distorcidamente estabelecemos por justo, nos iramos com Ele e com os nossos irmãos.

Queremos que Deus maneje o que pertence a Ele ao nosso bel-prazer. Enquanto Ele faz “mais para nós” do que para os outros está tudo bem. Mas, se Deus beneficia alguém “mais do que a nós”, ficamos chateados.

“Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?” Mateus 20.15

Meus olhos se tornam maus, porque Deus é bom com outra pessoa que não sou eu!

Que frase horrível e incoerente e, no entanto, tão frequente. Esse é o coração carnal que todos nós levamos dentro de si e, por isso, precisamos vigiar muito.

Por Alessandra Schultz, Israel

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Colaborador

Núbia Siqueira