Como a Geração Z pode se destacar na entrevista de emprego?

Veja o que você pode e o que não deve fazer para garantir a sua vaga de trabalho

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Participar de processos seletivos de emprego é um desafio em qualquer faixa etária. Contudo para quem faz parte da geração Z, formada por pessoas que nasceram a partir de 1995 e muitas das quais estão ingressando no mercado de trabalho, as provações podem ser um pouco diferentes das apresentadas a candidatos de gerações anteriores. Como são pessoas que cresceram em plena era digital, muitas de suas posturas são diretamente influenciadas pelo ambiente on-line, que é um pouco distinto do mundo off-line.

Bruno Petcov, executivo da Croma Consultoria de Recursos Humanos, considera que, de forma geral, a maior dificuldade da geração Z, ao participar de processos seletivos, é a comunicação. “Principalmente o pessoal que começou a trabalhar depois da pandemia, pois ela acabou causando uma lacuna na parte de socialização mesmo dos jovens. O celular e as redes sociais têm a ver com isso também, pois muitos usam só mensagens instantâneas e não sabem se expressar de forma adequada em uma entrevista de emprego”, avalia.

Petcov considera também a falta de comprometimento um problema muito presente. “Por exemplo, nossa maior dor como headhunter, hoje, é abrir vagas de nível auxiliar ou de assistente porque o pessoal simplesmente marca entrevista e não aparece ou não avisa ou fala que não vai conseguir participar na hora da entrevista, isso quando nunca mais se tem retorno do candidato”, explica.

Segundo ele, os candidatos da geração Z têm dificuldades em seguir regras ou respeitar o dress code da empresa. “A maioria das pessoas que eu já entrevistei são bem cientes disso, mas já peguei tanto jovem como pessoa mais madura vestindo regata e boné. A primeira dica que dou é pesquise a empresa em que você vai fazer a entrevista. Aí você já consegue entender um pouquinho da cultura. Se o dress code é um pouco mais conservador, não custa nada colocar uma camisa social. Uma boa apresentação é o primeiro passo e um dos mais importantes para você se vender como profissional”, observa.

Embora muitos candidatos possam se sentir inseguros nos processos seletivos, Petcov não recomenda que levem seus pais para participarem de entrevistas. “Até a porta do prédio, tudo bem. Não que a gente não precise do apoio dos pais, mas, nesse contexto, eu acho que o parente entrar dentro da empresa já demonstraria que talvez a pessoa não esteja preparada para o mundo adulto corporativo. Enfrentar esse momento sozinho faz parte, inclusive, de se tornar um profissional, de se tornar um adulto naquela transição de adolescente, quando te jogam para o mundo real”, analisa.

Na hora da entrevista, Petcov aconselha que o candidato mantenha a calma: “seja transparente ao falar das causas que você já participou, realizações que você já fez ou desafios que você teve e os que não conseguiu vencer. É muito importante para o recrutador, além da parte técnica, entender como o profissional se comporta no ambiente virtual ou presencial. Se possível, encontre no LinkedIn o perfil do recrutador que está fazendo a seleção e entenda se ele é mais controlador ou mais tranquilo, o que facilitará sua conversa com ele”.

Petcov afirma que também é primordial ter claro quais são as suas capacidades técnicas e comportamentais. “Tenha noção do que você faz bem e do que você não sabe fazer e seja sempre transparente quanto a isso. Se o recrutador entrar nesse assunto de uma forma um pouco mais técnica e você não souber responder, já era. Então, marque os seus pontos positivos, saiba trabalhálos e entenda também quais pontos você precisa desenvolver, pois é fato que o entrevistador vai perguntar sobre eles e é isso que ele quer saber no final”, adverte.

Ao ser questionado sobre a pretensão salarial, o conselho é para que o candidato aja sempre com os pés no chão. “Estamos trabalhando com pretensão e se estiver maior do que a empresa está oferecendo de salário, sua opção é aceitar ou não. A empresa, porém, sempre vai ter um orçamento já fechado. Não adianta você ter ganhado, por exemplo, R$ 4 mil por mês na experiência anterior e estar pedindo R$ 6 mil agora. Tem que estar dentro dessa realidade”, diz.

Para concluir, Petcov reitera o cuidado com a sua apresentação. “Seja na entrevista virtual ou não, esteja apresentável, minimamente bem vestido. Se for virtual, se possível, faça a entrevista de um computador. Caso não dê, coloque o celular apoiado numa mesa, em um ambiente tranquilo, sem barulho de preferência e no qual você consiga dar atenção àquela conversa. Seja sempre transparente, como já enfoquei, e esteja muito mais apto a ouvir do que ansioso para responder”, aconselha.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Foto: FG Trade Latin/GettyImages / Arte: Edi Edson