Influências opostas
A 13ª temporada da série Reis aproxima do público Maaca e Azuba, duas mulheres importantes na vida do rei Asa
Em sua 13ª temporada, intitulada A Esperança, a superprodução Reis evidencia o reinado do rei Asa, vivido pelo ator Ricky Tavares. Até a estreia dessa nova e última etapa da série na plataforma de streaming Univer Vídeo, em 28 de fevereiro, Maaca (Claudia Mauro) não tinha páreo para sua influência como rainha-mãe e grande dama. Contudo, com a chegada da jovem Azuba (Anna Rita Cerqueira), o cenário muda.
Aline Munhoz, uma das autoras da temporada, explica à Folha Universal que Maaca foi “mãe de Abias e avó de Asa” e que, com a morte prematura de Abias, Asa assumiu o trono, “enquanto Maaca manteve seu status como rainha-mãe, apoiando seu neto e desempenhando o papel materno, já que não há informações claras sobre a mãe de Asa”. Embora a Bíblia não detalhe a vida de Maaca, o que se sabe é que seu pai, Absalão, foi assassinado. “Essa experiência a moldou como uma garota que sentia o peso da orfandade. Em sua ingenuidade juvenil, Maaca se deixou atrair pelos cultos aos deuses das esposas de Salomão, especialmente se devotando à deusa Aserá. Ao se casar com Roboão, filho de Salomão e ser considerada sua esposa favorita, Maaca mostra-se bastante influente”, diz Aline.
Gradualmente, a família de Maaca – exceto as filhas de Salomão – se distanciou do Deus de Israel e cedeu à idolatria, prática que O desagradou profundamente. “Contudo, Asa, desde criança, resistiu a essas influências, mantendo sua Fé distante das crenças da mãe”, continua Aline.
A postura de Asa fica clara em suas decisões durante seu reinado, como mostra a Bíblia: “E até a Maaca, sua mãe, removeu para que não fosse rainha, porquanto tinha feito um horrível ídolo a Aserá; também Asa desfez o seu ídolo horrível, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom” (1 Reis 15.13).
AMOR INTELIGENTE
Na época de Asa, era comum que os reis se casassem com princesas de outras nações para formar novas alianças políticas. “No entanto, Asa, consciente de que tal prática não agradava a Deus, optou por esperar por uma mulher que fosse do Seu agrado. Assim, criamos o perfil de Azuba, cujo nome é o único mencionado na Bíblia como a mãe de Josafá, sucessor de Asa”, esclarece Aline. Desde pequena, a personagem de Azuba foi construída como uma menina que reverenciava o Deus de Israel, se diferenciando, assim, das outras crianças que cresceram com Asa no palácio. “Naquela época, casamentos entre parentes também eram bastante comuns e Azuba já pertencia à família de Asa, pois era neta de Tafate, filha de Salomão. Esses laços familiares contribuíram ainda mais para fortalecer a união do casal”, afirma a autora.
SOB NOVA DIREÇÃO
Ainda criança, Asa mostra que tem convicções firmes, como não aceitar a idolatria em sua vida. Contudo, “por várias razões, que incluem as manipulações e a persuasão de sua própria mãe, ele foi impedido de implementar a tão desejada reforma espiritual na nação. Com o retorno de Azuba à sua vida trazendo papiros que revelam toda a verdade sobre as ações passadas de seu pai e de Maaca, Asa ganha coragem e decide que nada mais o impedirá de se tornar a lâmpada que Israel necessita”, descreve.
Dada a postura espiritual que Maaca e Azuba assumem, não é errado afirmar que elas têm características opostas. “Azuba segue diligentemente todos os mandamentos de Deus conforme Sua Palavra, enquanto Maaca os desconsidera e opta por seguir os preceitos de Aserá, que são completamente opostos aos de Deus. A mulher tem o poder de afastar ou aproximar um homem de Deus, então, é importante ter cuidado com essa influência”, avalia Aline.
Ela lembra que as atitudes de uma pessoa refletem suas crenças e em quem ela deposita sua Fé. Daí surgem as lições que tanto Azuba como Maaca podem transmitir ao público da série, como, por exemplo, a importância de perseverar no que é bom e agradável ao Senhor. “Insistir no que é errado e contrário aos princípios de Deus pode levar a consequências graves e até fatais”, alerta.
É por isso que as histórias bíblicas continuam tão atuais. “Muitas mulheres, ainda hoje, se apegam a ideias tidas como verdades sem verificar se elas estão alinhadas com a Palavra de Deus e acabam moldando suas vidas com base nisso. Viver distante da orientação Divina pode levar a escolhas erradas, cujas consequências podem ser irreversíveis. No entanto, quando alguém reconhece seus erros e escolhe se alinhar com os ensinamentos dEle, começa a colher os frutos das promessas que Ele fez”, conclui.
Saiba mais:
Leia as demais matérias dessa e de outras edições da Folha Universal, clicando aqui. Folha Universal, informações para a vida!