Novos recordes de temperatura preocupam os cientistas

O aumento sem precedentes das ondas de calor acende alerta global

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Vivemos tempos extremos. O calor sufocante, as tempestades furiosas, a seca que consome rios e devasta plantações – todos sinais de um planeta em colapso. O alerta dos cientistas é claro: nunca estivemos tão próximos de um ponto sem retorno. A cada ano, novos recordes de temperatura são quebrados, e a natureza responde com eventos climáticos cada vez mais intensos.

No Brasil, a situação já é alarmante. O calor extremo tem se tornado uma constante, impactando diretamente a vida das pessoas. Em São Paulo, termômetros atingem marcas inéditas para o mês de março. No Rio Grande do Sul, estado conhecido pelo frio, temperaturas beiram os 40 graus, alterando completamente o equilíbrio ambiental. Em várias cidades, escolas suspenderam as aulas por conta do calor insuportável.

Os oceanos, reguladores naturais do clima, também estão em estado febril. Em apenas um ano, as águas aqueceram tanto quanto haviam aquecido ao longo de quatro décadas. Essa anomalia afeta a vida marinha, intensifica eventos climáticos extremos e ameaça o abastecimento de alimento no mundo. A elevação da temperatura oceânica altera os padrões climáticos e potencializa furacões, secas e chuvas torrenciais.

Planeta em Perigo

No novo quadro do Domingo Espetacular “Planeta em Perigo” exibido nesse domingo (9), os cientistas alertam que estamos próximos do colapso. O aumento médio de temperatura do planeta já ultrapassou o limite crítico de 1,5 grau Celsius, estabelecido como um marco para evitar impactos irreversíveis. Isso significa que as ondas de calor e os desastres naturais não são eventos isolados – são sintomas de um mundo doente.

E os impactos não param por aí. A saúde humana já sente os efeitos desse caos climático. Hospitais registram aumento de atendimentos por desidratação e doenças agravadas pelo calor. Idosos e crianças são os mais vulneráveis. O estresse térmico, a falta de água potável e a poluição do ar criam um cenário perigoso para a sobrevivência em grandes cidades.

A ciência é clara: se não reduzirmos drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, caminhamos para um aumento de até 3 graus na temperatura global. Isso significaria um planeta irreconhecível, com desertificação acelerada, perda de biodiversidade e colapsos agrícolas. É um suicídio ecológico.

Diante desse cenário, a pergunta inevitável é: ainda há tempo? O planeta está em perigo – e com ele, toda a vida que conhecemos.

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Colaborador

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury/R7 / Foto: iStock