Os maus exemplos de Baasa e Elá

Os reis do reino do Norte de Israel vão lidar com conflitos internos e ensinar o telespectador da série Reis como não se deve agir

Imagem de capa - Os maus exemplos de Baasa e Elá

O terceiro rei do reino do Norte de Israel foi Baasa. Como a maioria dos soberanos apresentados na série Reis, ele não tinha linhagem real. Na Bíblia, em 1 Reis 16.2, Deus advertiu Baasa, por meio do profeta Jeú, dizendo: “Porquanto te levantei do pó, e te pus por príncipe sobre o meu povo Israel, e tu tens andado no caminho de Jeroboão, e tens feito pecar a meu povo Israel, irritando-me com os seus pecados”. Isso mostra muito sobre esse personagem crucial da 13ª temporada de Reis, A Esperança, que é interpretado por Paulo César Grande.

Os maus exemplos de Baasa e EláNa série, que já está disponível no Univer Vídeo, Baasa foi introduzido na história como um servo de Jeroboão (Vitor Novello/Marcelo Valle), o antigo rei do Norte. “O tratamento desfavorável e a desvalorização que sofreu por parte do rei, gradualmente, incitaram seu ressentimento, culminando em uma conspiração contra toda a dinastia de Jeroboão. Baasa executou todos os membros da família real e usurpou o trono pela força. Entretanto ações baseadas em traição e covardia frequentemente acarretam consequências severas. Como perpetrou tais atos contra Jeroboão e sua família, ele passa a viver em constante apreensão, temendo retaliação semelhante”, conta uma das autoras de Reis, Aline Munhoz.

Pelo temor de ter o trono usurpado, Baasa é um monarca inseguro e obcecado pelo poder. Aliás, o rei do Norte também viverá embates intensos com o rei do Sul, Asa (Ricky Tavares), como descrito na Bíblia em 1 Reis 15.16, e adotará medidas drásticas para impedir que os habitantes de seu reino possam ir até as terras governadas por Asa.

Seu sucessor

Os maus exemplos de Baasa e EláElá (Miguel Roncato) é filho de Baasa e seu sucessor. Todavia ele seguiu o mau exemplo de seu pai: o Texto Sagrado revela que Elá terá uma trajetória marcada pelo vício, o que o levará a um triste fim. “Embora as informações bíblicas sejam escassas, seu desfecho trágico nos proporcionou base para desenvolver sua vulnerabilidade ao vício em álcool, que se manifestou desde sua juventude. Esta fraqueza resultou em numerosos conflitos familiares e intensificou o descontentamento de seu pai, que percebia a falta de comprometimento do filho com as responsabilidades reais”, diz.

A relação de pai e filho será repleta de tensões, pois, enquanto o rei adota uma postura cada vez mais agressiva, no intuito de preparar o filho para a sucessão ao trono, Elá agirá com indiferença e o seu vício em álcool, com raízes na adolescência por conta da falta de atenção paterna, abalará a relação familiar. “A diferença mais marcante entre os dois é a atitude deles em relação ao poder. Enquanto Baasa é completamente consumido pela ambição de governar, Elá demonstra uma clara preferência por uma vida tranquila, longe das pressões da coroa”, acrescenta.

A raiz dos problemas

Assim como a série Reis apresenta exemplos de como agir de maneira correta, justa e íntegra, o outro lado também é mostrado. Ao longo das temporadas, a produção exibiu o exemplo de homens e mulheres que não conduziram suas vidas de acordo com as orientações de Deus e tiveram de lidar com as consequências negativas de suas escolhas.
O profeta Jeú (Rafael Delgado), como mencionado anteriormente, será o responsável por transmitir a mensagem de Deus ao rei do Norte. No entanto, como é característico nas narrativas bíblicas, quando um profeta repreendia um rei, a reação habitual era de hostilidade e rejeição à mensagem e com Baasa não é diferente.

“Ao receber a profecia de Jeú sobre seu destino, Baasa experimenta uma profunda perturbação emocional. A revelação o lança em um estado de desespero e pavor constante. O rei passa a viver atormentado pela consciência de que, inevitavelmente, seu maior temor se concretizará”, adianta a autora. E tanto esse destino como esse temor têm uma raiz, a mesma que também estará presente na história pessoal e no reinado de Elá: a devoção a Baal. “Sem reverência ao Deus de Israel, eles conduzem suas vidas guiados por seus próprios desejos e convicções pessoais. Essa postura cria um terreno fértil para a influência negativa em suas vidas. Embora possam aparentar prosperidade em certos aspectos, acumulando títulos, prestígio e riquezas, uma vida distanciada de Deus acarreta consequências profundamente trágicas e dolorosas. E, principalmente, o impacto eterno dessa escolha, que pode resultar na separação perpétua de Deus, simbolizada pela condenação ao inferno”,
diz Aline.

Para acompanhar essa história e ver o desfecho dela – já que a 13ª temporada é, também, a última de Reis –, acesse o Univer Vídeo e aprenda tanto com os bons exemplos quanto com aqueles que apresentam uma conduta pouco ou nada exemplar.

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: LEANDRO MARCIO