Fake news sobre a mulher
Não foram poucos os momentos que me vi frustrada sendo o melhor que eu podia ser, mas aquilo era insuficiente
Existe um slogan muito divulgado hoje nos treinamentos motivacionais e nos guias de autoajuda que diz: “Seja a melhor versão de si mesmo.” Eu confesso que, no passado, isso me incentivou algumas vezes, porque pensava em muitas formas de me autoaperfeiçoar. E isso tanto nas atividades do dia a dia, quanto nas maneiras de mudar aquilo que ocorria dentro de mim e que eu não gostava.
Não foram poucos os momentos que me vi frustrada sendo o melhor que eu podia ser, mas aquilo era insuficiente. Por isso, digo que precisamos refletir mais sobre certas ideias que nós recebemos e analisar o seu conteúdo. Isto porque elas podem nos fazer gastar tempo e energia em vão. Além disso, elas criam expectativas que jamais serão satisfeitas.
Passei por essa experiência até que o Senhor Jesus me mostrou que eu não tenho que ser a minha melhor versão, mas tenho que ser a “versão” dEle. Para Deus, a minha melhor versão é nada, não passa de reforma humana.
Então, o meu sacrifício de abrir mão daquilo que eu gostava só passou a ter valor, de fato, quando eu renunciei completamente a todas as minhas tentativas de melhorar a versão para que somente o Senhor Jesus aparecesse em mim. Quando isso aconteceu, trouxe paz para o meu interior e apontou o caminho para alcançar as mudanças verdadeiras.
O segredo estava numa subtração, ou seja, quanto menos de mim, mais do meu Senhor. E este é o grande propósito do Espírito Santo: nos transformar fazendo-nos cada dia mais semelhantes ao Senhor Jesus.
Como está escrito:
“Portanto, todos nós, dos quais o véu foi removido, podemos ver e refletir a glória do Senhor, e o Senhor, que é o Espírito, nos transforma gradativamente à Sua imagem gloriosa, deixando-nos cada vez mais parecidos com Ele.” 2 Coríntios 3.18
Eu compreendi que é tendo a natureza de Deus operando em mim que eu conseguirei escapar das corrupções e dos enganos deste mundo. Quanto mais o Evangelho reflete em mim, mais mudanças ocorrem. Quem me conheceu há 20 anos, não pode dizer ao certo que me conhece. Até mesmo quem me conheceu há um mês verá mudanças, pois, quanto mais eu contemplo a Palavra, medito nela e a coloco em prática, mais a glória dela brilha em mim. Portanto, menos da Núbia e mais do Senhor Jesus.
Claro que é interessante aprimorar os talentos que recebemos, mas essa busca é pautada em desejar que cada dia ELE viva em mim, ou seja, que eu tenha mais do Seu caráter, da Sua mente, das Suas reações, da Sua mansidão, dos Seus infindáveis atributos…
Se eu for a versão “divina”, aí sim, eu me torno semelhante ao meu SENHOR e conseguirei externar/espelhar Seus valores eternos. Por outro lado, se me esforço para desenvolver a minha melhor versão, só conseguirei ser o “Adão terreno melhorado”, isto é, uma reprodução aprimorada da minha própria carne.
Nos vemos na próxima semana. Até lá!