Em menos de uma semana, seis pessoas morreram pelo uso de cigarros eletrônicos
Acredita-se que produto esteja causando uma nova geração dependente de nicotina
Em menos de uma semana, seis pessoas já perderam a vida em decorrência de uma doença misteriosa causada pelos famosos “vapings”.
O vaping surgiu há cerca de 20 anos, com a promessa de que era uma ferramenta útil no combate ao vício em cigarros convencionais. Entretanto, nessas duas décadas o produto não demonstrou eficácia no combate ao vício. Pelo contrário: em muitos países, como nos Estados Unidos, acredita-se que o cigarro eletrônico esteja causando uma nova geração dependente de nicotina.
Perigosa epidemia
As seis mortes registradas até o momento em decorrência da utilização do cigarro eletrônico aconteceram nos Estados Unidos. Lá, o órgão “Centers for Disease Control and Prevention” (CDC) declarou que o país vive uma situação epidêmica.
Desde abril, mais de 450 pessoas adoeceram após utilizarem o vaping rotineiramente. Algumas haviam equipado o produto com THC (substância psicoativa da maconha), outras não.
A maioria delas precisou ir direto à unidade de terapia intensiva (UTI). Isso sendo que a média de idade dos enfermos é de 19 anos. São jovens que não apresentam outros problemas de saúde.
Os sintomas são dificuldade de respirar, fadiga, tosse, febre alta, náusea e vômito.
Os exames desses doentes tiveram resultados semelhantes à pneumonia bacteriana ou viral. Entretanto, testes posteriores não mostram infecção ou outra condição que explique a doença pulmonar. Alguns dos doentes apresentaram quadro de pneumonia lipoídica, que é resultado da aspiração de partículas oleosas para dentro dos pulmões.
Os riscos no Brasil
A principal suspeita do CDC e de outras entidades de saúde pública americanas é que as substâncias utilizadas no cigarro eletrônico, quando aquecidas pelo fumante, geram outras substâncias, que podem ser tóxicas.
No Brasil, o comércio é proibido de trabalhar com o produto. Todavia, é possível comprar fora do país e trazer para cá. O comércio ilegal também existe.
Mas a forma mais comum de utilizar o vaping por aqui é por meio do narguilé. Embora não utilize bateria como o eletrônico, a forma de funcionamento é bastante similar: aquece-se a substância até que ela seja vaporizada. E, para o CDC, é esse processo que gera toxicidade.
A cada dia, mais jovens utilizam esse produto, que pode ser tão ou mais prejudicial do que o cigarro convencional.
Embora os jovens sejam atraídos pelo aspecto “descolado” do narguilé, é muito importante ressaltar que esse é um vício sério. Os pais também devem estar atentos a isso. Se você ou seu filho está preso à dependência de qualquer tipo de fumo, participe do Tratamento Para a Cura dos Vícios. Liberte-se!