Recentes casos de agressão a esposas chamam atenção para a questão da violência doméstica

Entenda mais sobre o assunto e como denunciar os casos de agressão contra a mulher

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Os recentes casos de agressão a esposas de dois jogadores de futebol brasileiros colocam em voga uma realidade que faz parte do dia a dia de muitas mulheres no Brasil e em todo o mundo: a violência doméstica. Considerada uma “pandemia mundial” pela Organização das Nações Unidas (ONU), essa agressão contra a mulher já se reflete em pelo menos um terço da população feminina mundial.

Estudo divulgado esse ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora no País, somente no ano de 2018. A pesquisa “Visível e Invisível – A vitimização de Mulheres no Brasil” revelou também que a maioria das vítimas (52%) não buscou apoio de famílias, amigos ou autoridades após sofrer a violência.

Elas denunciaram

Vítimas de violência doméstica correm risco oito vezes maior de morrer prematuramente. O perigo está em permitir que as agressões aconteçam repetidamente. Segundo dados do Ministério da Saúde, estar em um casamento violento aumenta consideravelmente o risco. Por isso, é muito importante que a mulher não se cale e busque ajuda. A vítima de violência doméstica, além de buscar um lugar de segurança, deve reportar o agressor à polícia. Dessa maneira, ele terá que responder perante a lei.

Um casamento de 9 anos e dois filhos. Nem isso, impediu que em novembro último, a consultora imobiliária Morella de Las Heras fosse agredida. A esposa do ex-jogador do Palmeiras Jonathan Cristaldo, após ser agredida com uma garrafa e arrastada pelo chão da própria casa, denunciou a violência ao divulgar um vídeo na internet.

Pouco mais de um mês depois, Milena Bemfica, esposa do goleiro Jean Paulo Fernandes, do São Paulo, acusou o marido de agressão física. Em vídeos postados em uma rede social, ela aparece com o rosto bastante machucado. Jean foi pré-sentenciado por violência doméstica, em Orlando, no estado norte-americano da Flórida, onde passava férias com a esposa, com quem está há 6 anos, e as duas filhas pequenas. Após ficar um dia detido, ele foi solto.

Assista abaixo à reportagem exibida no “Domingo Espetacular”, na Record TV, e entenda mais sobre esse caso e sobre o assunto:

Central de Atendimento à Mulher – 180

A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) oferece um serviço gratuito e confidencial: a Central de Atendimento à Mulher – 180. Além de registrar denúncias de violações contra mulheres, as encaminha aos órgãos competentes e realiza seu monitoramento. Também dissemina informações sobre direitos da mulher, amparo legal e a rede de atendimento e acolhimento.

O canal de denúncia funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 países. Por exemplo, Argentina, Bélgica, Espanha, EUA, França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela.

Projeto Raabe

Na Universal, existe um projeto que está aberto a atender e auxiliar todas as mulheres, sem exceção. Dentre elas, aquelas que, infelizmente, passaram por qualquer tipo de violência emocional, sexual ou de qualquer outra forma. O Projeto Raabe é um desses locais em que a mulher pode se sentir segura para relatar o que está acontecendo e encontrar a ajuda.

Portanto, se você está enfrentando uma situação em sua vida, de traumas causados por abuso, além de problemas das mais diversas origens, clique aqui e saiba onde encontrar o Projeto Raabe. Todos os meses, reuniões do projeto são realizadas nos templos da Universal – e em outros lugares – de vários países. Assim, acolhendo novas integrantes que recebem, inclusive, o apoio de outras sobreviventes, como são chamadas as mulheres que fazem parte do grupo.

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Colaborador

Por Michele Roza / Foto: Getty Images