Na conferência de abertura do último Congresso de Medicina de Família e Comunidade, em Cuiabá, no Mato Grosso, a médica clínica-geral inglesa Iona Heath afirmou que é o medo que está por trás do excesso de diagnósticos e de tratamentos médicos. Essa insegurança, portanto, leva a um aumento do consumo de remédios, o que impulsiona os lucros da indústria da saúde.

O médico otorrinolaringologista Mohamad Feras Al-lahham explica que o consumo excessivo de medicamentos, principalmente sem orientação médica, pode provocar diversos malefícios, como “machucar” o nosso organismo com todos processos químicos. “Todo medicamento é um químico que produz uma reação dentro do nosso organismo e nós usamos esse produto químico para nos beneficiarmos dos seus bons efeitos. Porém isso não impede que esse químico tenha reações indesejáveis, os efeitos colaterais, cuja quantidade difere de um químico para outro”, disse.

Ele orienta que, apesar de muitos medicamentos terem a classificação de OTC (over the counter ou sobre o balcão, em tradução livre), que libera sua venda nas farmácias sem receita médica, a maioria deles é perigoso para alguns pacientes. “Os medicamentos da gripe, por exemplo, que têm como componente pseudoefedrina podem prejudicar um paciente com problemas no coração. Muitos medicamentos que hoje são liberados precisariam ser controlados nas farmácias, pois podem causar malefícios a muitos pacientes.”

Cuide-se

O uso correto dos medicamentos é fundamental para proteger a saúde, mas muitas pessoas tomam remédios antes mesmo de procurar orientação de um profissional da saúde para obter alívio de suas dores. Seria esse um reflexo da ansiedade dos tempos atuais?

Não se esqueça de que, em caso de suspeita de algum problema de saúde, você deve procurar um médico. E, principalmente, buscar se curar pela Fé. Afinal, é da vontade de Deus que tenhamos zelo com o nosso corpo, que é o Templo dEle.