Sua carreira lhe traz preocupações?

A escolha profissional ou a transição para outra área não precisam ser motivo de pânico. Saiba como fazer isso

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Uma pesquisa feita pela Isma Brasil, integrante da International Stress Management Association, apontou que 72% dos entrevistados se encontravam insatisfeitos com o trabalho. Outros dados disponibilizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) identificou que a taxa de rotatividade no mercado de trabalho alcançou, em 2015, a porcentagem de 54,8%.

Essas informações podem revelar que nem sempre o momento atual da carreira de um profissional está lhe agradando e que tanto a primeira escolha profissional de um jovem quanto uma possível transição de carreira de uma pessoa experiente são decisões desafiadoras.

CONSIDERAÇÕES
O artigo de revisão Transição de Carreira em Adultos Brasileiros: Um Levantamento da Literatura Científica, da Revista Interinstitucional de Psicologia, expôs dois tipos de transição profissional. Um deles corresponde à transição da escola para a universidade ou da escola para o mercado de trabalho. O estudo ressalta que esse tipo de escolha deve considerar as probabilidades, as características pessoais de cada um, as oportunidades na área de formação desejada e o grau de comprometimento que se deseja ter com a carreira e com as competências necessárias. Por isso, o autoconhecimento é fundamental.

A segunda transição de carreira defendida pelo estudo é denominada de mercado-mercado – quando o profissional já está atuando. Ela pode ser planejada ou não planejada (como em um caso de demissão, por exemplo). Também pode acontecer pelo desejo do profissional desenvolver novos papéis em novas situações, por exemplo. Essa transição também é gerada pelo abandono da formação original ou de uma área de atuação dentro de uma mesma empresa (ou fora dela). Alguns dos principais fatores que podem incentivar esse tipo de mudança são a insatisfação e a dificuldade de crescimento profissional.

POSSIBILIDADES
O rompimento de uma carreira pode ser um pontapé para muitas pessoas que têm vontade de buscar nos próprios recursos profissionais e pessoais uma forma de prosperar. É aí que o empreendorismo entra em cena, seja na área de atuação do profissional, seja na busca de novos horizontes.

Contudo desenvolver uma mente empreendedora não requer só conhecimento. O que deve ser levado em conta é o interesse em solucionar problemas, em resolver “as dores” do público, em atender às necessidades do mercado e, sobretudo, em saber gerenciar uma ideia. Esse esforço, obviamente, poderá custar mais tempo, mais horas e uma demanda maior do que simplesmente “bater o ponto” no relógio da empresa. Afinal, sem trabalho árduo, disciplina e constância não há como fazer uma ideia sair do papel.

Diante desse cenário, uma qualificação, muitas vezes, é necessária. Também é preciso ter uma boa dose de ousadia. Além disso, a arte de fazer da internet uma aliada pode ser crucial. Com o uso da tecnologia, você estará aberto a novas habilidades e ainda construirá e atrelará um novo perfil profissional a si mesmo, formando, assim, sua marca pessoal (branding). Afinal, seus gostos podem mudar e seu endereço de trabalho também, mas sua marca continuará falando de você e por você.

Além disso, é preciso ser ágil e flexível, estar aberto a novos aprendizados e, principalmente, lidar com os possíveis erros.

UMA AJUDA PARA SE ENCONTRAR
Vinicius Alves do Nascimento, de 32 anos, tinha interesse em cursar Marketing. “Sempre tive facilidade em criação e vendas e pensei em investir nisso”. Contudo, quando já fazia um estágio no mercado de trabalho, notou que, embora a área fosse interessante, ela não satisfazia seu desejo. Daí ficou frustrado. “Pedi ajuda à responsável da FJUni, da Força Jovem Universal (FJU). Tinha medo de concluir a faculdade, de começar uma nova jornada e de não estar definido profissionalmente. Fui orientado, então, a fazer um teste vocacional e verificar quais seriam as oportunidades que ele me traria. Foi assim que descobri a área de tecnologia (TI). Conversei com a minha irmã (que já trabalhava na área), pesquisei e fui a fundo. Hoje trabalho na área de analista de software de qualidade, um mercado bem aquecido e cheio de oportunidades”, observa.

A FJUni é um projeto desenvolvido pela FJU que tem o objetivo de estimular, colaborar e ajudar a desenvolver as áreas intelectual, profissional, pessoal e, principalmente, espiritual de jovens formados ou que cursam ensino superior ou de qualificação. Frequentemente, acontecem feiras vocacionais, palestras em diversas áreas, além de aulas de idiomas para que todo o potencial deles seja desenvolvido.

Para Vinicius, essa é uma iniciativa de extrema importância para o direcionamento dos jovens. Ele ressalta que a direção de Deus também fez toda a diferença. “Coloquei Deus em primeiro lugar e, em menos de um ano, tive duas promoções e passei à frente de pessoas muito mais capacitadas do que eu”, argumenta.

DIREÇÃO CERTA
Diante da escolha de um novo caminho, essa direção que vem de Deus é a mais apropriada. Todas as segundas-feiras, na Universal e no Templo de Salomão, em São Paulo, acontecem palestras voltadas para as áreas financeira e profissional. Para saber os endereços, acesse universal.org/localizar.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Getty Images